Olho à minha volta e sinto que cada vez há mais instituições e gentes a quererem viver sem os "constrangimentos democráticos", tentando escapar sempre que podem ao contraditório. Eu sei que discutir as coisas com os outros, especialmente com quem pensa de uma forma diferente de nós, é realmente uma chatice... Mas também sei que continua a ser o melhor caminho para se encontrarem as melhores decisões (no meu entender, claro...).
A nível empresarial, o que aconteceu na TAP, é um bom exemplo de quem acha que pode tomar decisões, sem ouvir os outros accionistas (neste caso ainda é mais grave porque o Estado é o accionista maioritário...), apenas por que é mais agradável fazer o que nos diz o nosso umbigo.
A nível associativo também conheço vários exemplos, em que se tenta escapar a decisões tomadas em assembleias gerais (decididas pela maioria dos sócios), apenas porque contrariam a linha do pensamento de quem dirige...
A história diz-nos que quando a democracia começa a perder, o "terceiro estado" (nós, o povo, essa imensidão de gente...) é sempre o principal derrotado...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Pegando na ideia essencial de que é o contraditório é imprescindível ao bom funcionamento das instituições. O que chateia é que os consensos são achados e inscritos em acta sempre na base da negociação e não da argumentação absolutamente livre.
ResponderEliminarMas a "negociação" aparece depois da argumentação e faz parte da discussão, "Impontual".
EliminarPenso que os consensos são importantes, desde que respeitem a vontade das maiorias.