O humanismo não defende, nem quer, o mesmo que o nacionalismo, é por isso que estão quase sempre em oposição, tanto na Europa, em África, na América ou na Ásia.
Se os humanistas ficam demasiadas vezes preso às ideias, os nacionalistas não descansam enquanto não são poder, para conseguirem criar todo o género de obstáculos a quem chega de fora - preferencialmente se vierem apenas com uma mão à frente e outra atrás.
Nestes tempos cheios de "anestésicos", as suas palavras chegam mais depressa aos ouvidos do "povo", que, por exemplo, a sucessão de imagens televisivas (talvez pela sua banalização...), que relatam mortes de crianças e adultos, no Mediterrâneo ou no Rio Grande.
É por isso que não estranho que no nosso país - onde não "existem" racistas nem nacionalistas - se critique a nova "invasão" de brasileiros, mesmo que a sua maioria venha fazer o trabalho que nós não queremos fazer (precário e mal pago...), tal como acontece nos países para onde emigramos.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Mudam-se os tempos não se muda a História.
ResponderEliminarMuitos dos nossos também se viram obrigados a partir e a viver em condições degradantes nos bidonvilles!
Quando ouço ex-emigrantes a clamar contra os estrangeiros que vêm para cá trabalhar fico possessa.
Quanta às imagens dos dramas nas águas receio que se tornem banais como dizes.
Em todo o caso, por falta de tempo e de vontade, vou-me protegendo dos noticiários e dos jornais!
Abraço
Temos a memória demasiado curta, Rosa.
EliminarSó a usamos quando nos dá jeito...