Os prémios literários raramente são temas de conversa (pelo menos nas conversas que mantenho com as pessoas que escrevem...) E quando se fala dos ditos prémios, é quase sempre para dizer mal de alguém (e tanto pode ser o vencedor como um membro do júri...).
Foi por isso que foi bom escutar o Zé a dizer: «Hoje, mais que os livros, premeiam-se os autores.» E nem teve qualquer problema em falar de si próprio: «Por acaso, o único prémio literário que recebi, foi dado a um dos livros com que menos me identifico.»
Mas quis ir mais longe e acrescentou: «Embora esteja na moda, é uma parvoíce entregar "prémios de carreira" a quem tem menos de 80 anos...»
Quando lhe perguntei por que não recusavam este tipo de prémios ele foi taxativo: «De uma maneira geral as pessoas que escrevem não vivem muito à vontade. Pelo que todo o dinheiro é bem vindo...»
Foi quando o Rui resolveu um ar da sua graça e disse: «Ainda bem que o Herberto era milionário, pôde recusar uma data de prémios, E alguns até eram chorudos.»
Acabámos todos por sorrir, usando várias cores.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
E quanto mais conhecidos melhor…
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.
Sim, há quem receba prémios quase às dúzias, Graça. :)
EliminarUma série de verdades numa pequena conversa.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
É verdade, Elvira...
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