Há um parte do país que finge que não pára, por ser dia da visita da chanceler alemã ou do regresso à pátria de um dos "metralhas" mais famosos do burgo, até aqui, "exilado" em Londres.
Enquanto bebo o café olho para o Manel, que se finge distraído e deixa que a mulher, que deve andar entre os trinta e os trinta e cinco, faça o "golpe" do costume.
Folheia as páginas do "CM" sem se preocupar com as páginas manchadas de sangue ou com as notícias do dia. A sua única preocupação é desviar o caderno dos classificados, sem dar muito nas vistas, para no regresso a casa, sublinhar as ofertas que podem interessar.
Sabe que não são os alemães, e muito menos os governantes portugueses, que lhe vão tratar da vidinha. Tem de ser ela, a responder diariamente a anúncios e a fazer um papel qualquer, a sorrir sem vontade, para conseguir emprego, mesmo que seja por apenas meia dúzia de meses.
O óleo é de Vicente Giarrano.
Raio de país este!!!!!
ResponderEliminarE aqui, nesta terra que é a nossa, não acontece nada!
Bolas para os águas mornas :(
Beijinho, Luís.
A vida arrastada de tantos e tantas! :((
ResponderEliminarSerá que o desemprego não bateu já à porta da maioria das famílias portuguesas?
Abraço
Muito triste! Lamento profundamente por esses e essas portuguese(a)s que não têm horizontes porque não os há. E com filhos para criar. Já voltei a deixar de dormir, acredita?
ResponderEliminarestá tudo adormecido com a "música" do Costa, mesmo que seja desafinada, Maria.
ResponderEliminarjá deve ter batido em praticamente todos, Rosa.
ResponderEliminarfilho, filha, nora, genro, tio, primo, etc, ninguém escapa.
o pior é percebermos que em 2013 ainda vai ser pior, Graça.
ResponderEliminarque cambada de incompetentes e vendidos!
triste e verdadeiro, o que me deixa angustiada e com um sabor estranho na boca e por que cargas de água, sinto os olhos húmidos?
ResponderEliminarp.... de vida....
isto está cada vez mais complicado, Pi...
ResponderEliminarE os anos passam... Quando eu era menina os meus sonhos passavam por ter uma casa de paredes de cimento, com luz e água.
ResponderEliminarMais tarde sonhava em juntar alguma coisa para que a minha velhice fosse melhor do que a infância e velhice.
A longa doença dos pais, e a ajuda ao filho e sua família tudo levaram.
Finalmente o governo roubou-me a capacidade de sonhar.
Um abraço
as coisas nunca estiveram tão mal como hoje, para a maior parte dos portugueses, Elvira. :(
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