quinta-feira, novembro 01, 2012

Sons da Vida...


Hoje incomodou-me particularmente o barulho da loiça no café, das chávenas, das colheres, no vai vem entre o balcão e a copa. 

Foi então que pensei na possibilidade das funcionárias ainda não terem recebido o ordenado de Outubro (para não recuar mais no tempo...) e por isso mesmo não conseguiam esconder a raiva em relação ao patrão.

Raramente pensamos nos problemas de quem está do outro lado, quando estamos sentados a uma mesa de café queremos é ser bem servidos e com bom modos.

E como estes tempos correm de feição para os patrões, os "ulrichs" podem sempre aproveitar a crise para enxovalhar ainda mais os seus empregados e dizerem, »aguenta».

Esquecem-se que a paciência tem limites e que não se trata apenas da questão de mais prato, menos prato partido.

O óleo é de Edouard Manet.

8 comentários:

  1. «A paciência tem limites...» Não sei, não! Penso que já estamos a ser pacientes de mais!

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  2. Sempre me incomodou o barulho de pires a serem pousados com alguma brusquidão, assim como outros ruídos. Prezo o silêncio.
    Mas, de facto, o que por vezes acontece quando se anda perturbado, é agir com brusquidão...
    Bom fim de semana, Luis.

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  3. Grande verdade!
    No fundo é tudo uma questão de respeito pelo outro, coisa que escasseia na nossa sociedade dita "desenvolvida"

    Abraço

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  4. sim, Filoxera.

    os tempos estão dificeis para quase todos.

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  5. Incomoda sempre, o barulho.
    Incomoda ainda mais o silêncio.
    Menos nos dias, em que afortunadamente, o silêncio, começa a gargalhar.
    Bj

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  6. tens razão, Filipa.

    os extremos tocam-se e...

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