Hoje incomodou-me particularmente o barulho da loiça no café, das chávenas, das colheres, no vai vem entre o balcão e a copa.
Foi então que pensei na possibilidade das funcionárias ainda não terem recebido o ordenado de Outubro (para não recuar mais no tempo...) e por isso mesmo não conseguiam esconder a raiva em relação ao patrão.
Raramente pensamos nos problemas de quem está do outro lado, quando estamos sentados a uma mesa de café queremos é ser bem servidos e com bom modos.
E como estes tempos correm de feição para os patrões, os "ulrichs" podem sempre aproveitar a crise para enxovalhar ainda mais os seus empregados e dizerem, »aguenta».
Esquecem-se que a paciência tem limites e que não se trata apenas da questão de mais prato, menos prato partido.
O óleo é de Edouard Manet.
«A paciência tem limites...» Não sei, não! Penso que já estamos a ser pacientes de mais!
ResponderEliminarSempre me incomodou o barulho de pires a serem pousados com alguma brusquidão, assim como outros ruídos. Prezo o silêncio.
ResponderEliminarMas, de facto, o que por vezes acontece quando se anda perturbado, é agir com brusquidão...
Bom fim de semana, Luis.
Grande verdade!
ResponderEliminarNo fundo é tudo uma questão de respeito pelo outro, coisa que escasseia na nossa sociedade dita "desenvolvida"
Abraço
pois estamos, Graça.
ResponderEliminarsim, Filoxera.
ResponderEliminaros tempos estão dificeis para quase todos.
se escasseia, Rita.
ResponderEliminarIncomoda sempre, o barulho.
ResponderEliminarIncomoda ainda mais o silêncio.
Menos nos dias, em que afortunadamente, o silêncio, começa a gargalhar.
Bj
tens razão, Filipa.
ResponderEliminaros extremos tocam-se e...