quinta-feira, novembro 08, 2012

O Meu Previsível 2013


Sem estar a pensar na situação real do país  (embora não fuja dela, abstraio-me sempre que posso, por uma questão de saúde, sobretudo mental...), tinha (e tenho, claro) alguns projectos para 2013.

Para os concretizar tinha de "afunilar" um pouco a minha vida, deixar de estar metido em tantas coisas. Embora ainda estejamos em Novembro de 2012, sei que não o vou conseguir. Estou a deixar mais uma vez, que os interesses colectivos se sobreponham aos individuais.

Sinto saudades de escrever uma história grande, mas sei que para isso acontecer tinha de me isolar, esvaziar a cabeça deste meu quotidiano.

É também por isso que tenho pensado mais em "arrumar as botas" como escritor. Sei que o que não falta por aí é gente a escrever livros. Mas depois levanto outra questão ao espelho: o que é que faço às ideias e pensamentos que surgem por aí e que querem ser uma história qualquer? Ou seja, percebo que dificilmente me liberto da escrita. Em relação à publicação, isso já é outra história.

O pior de tudo é sentir que muitas das coisas que faço  ligadas ao associativismo, são por obrigação e não por prazer. Vamos ver se em 2013 me consigo desligar de algumas "obrigações", porque o mais importante é gostar e sentir prazer naquilo fazemos.

O óleo é de Rajkumar Sthabathy.

8 comentários:

  1. O que se faz por obrigação geralmente não dá proveito ao corpo e muito menos ao espírito amigo..
    Um abraço e desculpe a ausência. Não é esquecimento, mas nem sempre consigo conciliar tudo o que preciso fazer com o espaço temporal que tenho para isso.

    ResponderEliminar
  2. Como eu te compreendo, Luis. :)

    ResponderEliminar
  3. "arrumar as botas" como escritor? JAMÉ!!! Alivie um pouco o associativismo que isso às vezes traz mais chatices e dissabores do que prazer. Organize-se, amigo Luís!

    ResponderEliminar
  4. E quando damos por nós a vida passou, sem que sentíssemos um genuíno prazer.
    Por isso o melhor é não "arrumar as botas" :)

    Bjs

    ResponderEliminar
  5. pois não, Elvira.

    mas quando percebemos que se pararmos, há uma série de coisas que também param...

    ResponderEliminar
  6. pois, tu também trabalhas muito para o colectivo, Laura, percebes bem o meu drama.

    ResponderEliminar
  7. o problema é mesmo esse, organizar-me, Graça. :)

    ResponderEliminar