A vida incaracteristica que enfrentamos nas cidades fez com os domingos perdessem a importância social que tiveram durante anos. É mais fácil a uma boa parte das pessoas ficar de pijama em casa, pelo menos até ao almoço, que levantarem-se antes do meio da manhã, tomarem um banho apetecido e vestir uma roupa diferente, especializada para os dias que não são dias.
É por isso que é de louvar a atitude dos país da Carolina, que ao domingo nunca ficam em casa. Ele não têm paciência para participar no culto católico e ouvir as palavras do padre da freguesia, mas espera a esposa à saída da igreja, umas vezes a pé, outras já com carro a brilhar, preparado para ir a qualquer lugar, escapando da vulgaridade dos dias.
Não há qualquer ironia nas minhas palavras, acho louvável a acção de todos aqueles que conseguem fazer dos domingos um dia diferente, por mais estranhos que possam parecer. O pai da Carolina, por exemplo, tem um hábito que com o decorrer do tempo fez com que fosse olhado de lado pela vizinhança e motivo de conversa do café mais próximo, porque é também ao domingo de manhã que pega no trompete e toca uns acordes, a reviver os tempos em que foi músico da filarmónica da Incrível.
Às vezes passo pela rua e ouço os seus solos entre o jazz e o blues, que se escapam pela janela. Não é nada desagradável, para mim claro, que estou a passar na rua...
Aliás, a única coisa que me irrita um pouco (aqui estou a favorecer a questão...) nestes amantes do domingo, é a sua capacidade de transformarem as estradas portuguesas em autênticas romarias, fazendo com que andar de carro ao fim de semana, seja uma aventura no mínimo surpreendente...
O óleo é de Ton Pinch.
: )
ResponderEliminarÉ, por vezes, agradável ficar em casa sem cumprir horários. Sair ainda é melhor! : )
Por isso é que embirro com os domingos! Porque deveriam ser dias diferentes e não são! Que neura! Especialmente da parte da tarde! É que sempre odiei as "voltinhas higiénicas"...
ResponderEliminarBom... domingo, after all!
Ir a algum lado no Porto (na cidade) é muito mais fácil ao Sábado e sobretudo ao Domingo por haver menos trânsito (Centros Comerciais é que devem estar cheios).
ResponderEliminarÀs vezes ficava a olhar da varanda as filas intermináveis de carros na marginal, em direcção a Cascais. Ao fim da tarde o contrário. E perguntava-me sempre como é que não andavam fartos de filas durante a semana...
ResponderEliminarAqui, em dias de sol, é idêntico, em direcção à Foz. Quando chove não se vê vivalma!
Beijinho, Luís
(gostava de ter esse tocador de trompete como vizinho...)
Por acaso nunca fui grande adepto dos domingos.
ResponderEliminarOs sábados sim, são o meu dia eleito para fazer algo diferente. Sair, conhecer locais diferentes, etc.
O domingo é o dia só para mim, relaxar, ler, ouvir música, enfim tudo aquilo que não faço nos outros dias.
De Verão, ou quando está bom tempo sempre saio a dar uma volta ao Domingo. Na maior parte das vezes a pé, dou uma volta aqui perto pelo parque da cidade, ou pela beira rio.
ResponderEliminarÀs vezes apanho o autocarro, e vou até ao Barreiro, gosto de andar pelas ruas do Barreiro velho.
Mas de Inverno quase sempre fico em casa.
Um abraço
é, então quando está desagradável como hoje, Catarina, sabe bem ficar em casa.
ResponderEliminaro mais curioso é que tenho andado por aí, na rua, a apanhar o vento e a chuvita com gelo. :)
em Lisboa é quase assim, embora a ponte tenha sempre carros e mais carros, Gábi.
ResponderEliminarpergunto isso quando vejo as filas intermináveis na ponte ao fim do dia, Maria.
ResponderEliminarpelo menos as manhãs de domingo, são aproveitadas para andar por aí, André.
ResponderEliminaranda tudo calmo.
sim, o frio é sempre menos convidativo para andarmos na rua. e se for frio e vento como hoje, pior, Elvira.
ResponderEliminarfizeste-me sorrir, Carol. :)
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