Devia compreender mais o Carlos, por agora depois de velho, andar a passear o seu cão pela cidade. Sei que o passeio é apenas mais uma forma de ele lhe agradecer a companhia e a amizade, que tanto o ajudam a "enganar" a solidão.
De manhã explicou-me como o tempo pode ser estranho e diferente. Sete anos tanto podem parecer cem anos como estarem demasiado próximos, soarem a quase ontem. Sabe que nunca vai esquecer a companheira, que vai ser assim até ao fim.
O pior de tudo são mesmo as datas que estão gravadas no seu coração: a primeira vez que a viu, o casamento, e sobretudo o seu adeus, no fatídico dia 12 de Novembro...
Só tenho medo que ele à medida que se vá afeiçoando ao seu fiel amigo, vá desistindo das pessoas.
O óleo é de Chris Chapman.
Apenas um comentário - perfeito!
ResponderEliminarE pode crer que é um medo bem real, pois o egoismo de certas pessoas é tão gritante, quanto o carinho dos animais.
ResponderEliminarUm abraço
Enquanto houver quem não desista do Carlos, ele terá razão para nao desistir das pessoas...
ResponderEliminarBeijos.
grato, Helena.
ResponderEliminarsim, Elvira.
ResponderEliminaracho que tens razão, Filoxera.
ResponderEliminarsem palavras, apenas as lágrimas que me correm...
ResponderEliminartambém me deixaste sem palavras, Piedade.
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