quinta-feira, novembro 17, 2011

E se Pela Boca Morre o Peixe?


Embora esteja ligado à literatura de várias maneiras, inclusive como criador, acho uma vergonha o que se está a fazer ao mundo das artes, a quem este governo está a retirar as poucas migalhas que tinham para sobreviver. Enquanto tira de um lado, deixa perceber que a literatura é a menina dos olhos deste governo, não fosse o secretário de estado escritor.


O aumento do IVA nos bilhetes para espectáculos de teatro, música ou cinema é um bom exemplo. A demissão de Diogo Infante do Teatro Nacional D. Maria II (depois de ter confrontado o governo numa entrevista dada ao "Expresso") é outro. Só nos livros tudo ficou igual.

Parece que a arte de talma está longe das preferências artísticas de Francisco José Viegas e o Joaquim Benite ainda vai mudar de opinião, em relação ao que disse há meses ao "I". É que há culturas e culturas...

Não é por acaso, que há milhares de anos que a vida nos ensina que «pela boca morre o peixe».

8 comentários:

  1. F.J. Viegas é pessoa culta. É sim senhor!
    Luís, há muitos anos que não vou ao D.Maria II. Assim como eu muitos portugueses não estão praí virados. Preferem o sol do Algarve no verão, ou uma deslocaçãozinha numa ilha das Caraíbas, mas antes e no decorrer do ano há Benfica na Luz. Só uma minoria esclarecida vai ao D.Maria II e o Viegas está metido num espartilho e compreendo que mais nada pode fazer.
    Ele só tem um defeito. É portista e fanático.
    Claro que o Benite vai em breve chamar-lhe traidor.

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  2. Não é bem o facto de haver " culturas e culturas"! O facto é que há partidarites e partidarites!...

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  3. Penso que já um dia falei do que penso sobre o assunto. Aos governos não interessa um povo culto e saudável. Culto, percebe as asneiras que eles fazem e contestam. Saudável tem forças para lutar contra. Daí que eles sempre cortem na saúde e na educação.
    Um abraço

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  4. as coisas da cultura, estão como o país, Helena. :(

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  5. eu só critico a dualidade de critérios, Carlos.

    e sei do que falo.

    o hábito de quando não gostamos de uma coisa, tentarmos acabar com ela, nunca foi solução para nenhum problema.

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  6. não interessa mesmo, Elvira.

    o mais estranho é que os politicos, quando precisam de algum "coveiro", vão buscar sempre alguém ligado à área que querem "arrumar"...

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  7. exactamente, Carol.

    (só respondi agora aos teus comentários, porque estavam no "spam")

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