Não eras uma chorona, nunca foste a vida inteira.
Era difícil ao quotidiano roubar-te uma lágrima, talvez por teres aprendido desde muito cedo, que chorar não tornava os dias mais agradáveis e felizes.
Tinha de ser um acontecimento muito grave, uma perda importante, para que as lágrimas se soltassem e começassem a descer pelo teu rosto. Rosto que não perdia a beleza, mesmo lavado pelas lágrimas.
Naquela manhã choravas, as lágrimas quase que formavam um rio. Naquela manhã partira a pessoa que amaras mais intensamente, o único homem da tua vida, o companheiro de todas as horas e pai dos teus dois filhos.
Sabias que nada seria como dantes e era isso que te assustava...
O óleo é de Carlos Marijuan.
E foi um acontecimento muito grave, muito doloroso que abalou o seu chão, que a deixou sem uma asa sem a qual teria de reaprender a voar. Mas os filhos obrigam ao recomeço necessário.
ResponderEliminarBelo texto, Luís, ainda que perpassado de tristeza.
Bem-hajas!
Beijinhos
Imagem e palavras muito certas, e triste.
ResponderEliminarum beijinho
Gábi
Um texto muito belo embora triste. Uma homenagem a alguém que lhe é muito querido suponho eu dado o sentimento que perpassa pelo texto.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Há sustos nas lágrimas. Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade.
ResponderEliminarEm todas as formas de dor há um susto.
Beijinho, Luís
A vida continua apesar de tudo...
ResponderEliminaré um texto antigo que recuperei, para esta imagem, Isamar.
ResponderEliminara vida também é triste, Gábi.
ResponderEliminartambém é por isso é que há o fado.
sim, Elvira, foi escrito para uma pessoa especial.
ResponderEliminarsim, susto, perda, tristeza, Virginia...
ResponderEliminarpois continua, mas há perdas que ficam para todo o sempre, Catarina.
ResponderEliminarParece um texto para a minha mãe! Gostei muito.
ResponderEliminarBeijo
assusta sempre.
ResponderEliminarum beij
Ufa. Este foi forte.
ResponderEliminaré um texto para todas as mulheres que ficaram viúvas e nunca deixaram de amar os seus homens, Carol.
ResponderEliminarsim, Piedade. tudo se torna diferente.
ResponderEliminarfoi, Laura.
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