domingo, outubro 09, 2011

«E tu de que dores falas?»


Ontem de manhã estive alguns minutos sozinho de café. Foi bom, além de ter aprimorado a minha intervenção para o lançamento do livro do Aníbal à tarde, deu para ficar por ali a escutar as várias vozes que ecoavam no interior do "Repuxo".


As pessoas de idade maior continuam a ter uma predilecção para falar de medicamentos, radiografias, e claro, as doenças e as dores que transportam, tantas vezes usadas como medalhas...

Olhei para dentro de mim e perguntei: «e tu, de que dores falas?» Sorri, por saber que não falo, além de ainda não ter chegado à fase das dores, quando as tenho, não lhe dou muita atenção, para que elas vão embora.

E agora que falo nisso, parece que resulta...

O óleo é de Martin Riwnyj.

16 comentários:

  1. "e tu, de que dores falas?" é um repto jeitoso, sim senhor... :)


    beijinho, Luís


    Bom domingo

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  2. Interessante reflexão a tua Luis.

    Repensar sobre a vida, sobre as dores que carregamos (as vezes dores emocionais), melhoram nosso dia a dia e a forma como vemos as pessoas.

    Parar de vez em quando pra pensar é preciso!

    abraços e bom domingo!

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  3. O positivismo ajuda bastante.
    Um bom domingo sem dores. : )

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  4. Muitas vezes não as temos mesmo. E noutras vezes, não falamos delas nem para nós mesmos. Aí está o pior!

    Um abraço

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  5. ser positivo ajuda, mesmo que a dor resista, ou não exista.

    beij

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  6. Dava um bom título de livro...:-))
    A idade traz dores, de facto mas dessas só falo em privado e com pessoas específicas,com médicos e farmacêuticos, das outras não falo com ninguém...falar delas é revivê-las mas o truque não dá resultado! Elas não me largam!

    Abraço

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  7. Quando se atinge uma determinada idade, especialmente as mulheres, deixa de se ter assunto de conversa. Os maridos morrem, os filhos vão para longe, e sentem-se como algo sem valor a que ninguém liga. Então o que lhes resta para tema de conversa? As suas dores, as doenças cronicas, as cirurgias. No fundo é uma chamada de atenção, um desejo de que as oiçam.
    Um abraço e uma boa semana

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  8. Não é uma questão de idade. É uma questão de feitio. Conheço pessoas que falam das suas doenças, dores, consultas, exames e sei lá o que mais desde muito novas... Uma seca!

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  9. olá, Lu.

    a forma como lidamos tem muito a ver com a nossa "energia", positiva ou negativa.

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  10. pois não, Ivete.

    será medo?

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  11. ajuda sempre em tudo, Piedade.

    ajuda a que a cabeça e os braços não fiquem caidos. :)

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  12. sim, Rosa, podia dar.

    mas se falares é muito pior, além de não te largarem, seguem-te para todo o lado. :)

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  13. por isso é que é bom ler, escrever, pintar, cantar, etc, Elvira.

    há idades para tudo.

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  14. comungo da tua opinião, Carol.

    há gente nova que já pensa "velho". :)

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