terça-feira, junho 21, 2011

Cedo de Mais...


É cedo de mais para começarem a desaparecer as pessoas da minha geração, como foi o caso do Pedro Hestnes Ferreira (1962 - 2011), que nos deixou ontem.


Tenho a certeza que é um actor que passou ao lado da maior parte do púbico, porque nunca se interessou pela televisão, nunca fez uma telenovela.

Quem como eu viu bastante cinema português, a partir da segunda metade dos anos oitenta, sabe como enchia a tela, com o seu ar triste e o melancólico, mas tão real, tão humano.

Pedro conseguiu nos transmitir com as suas interpretações, que o cinema é um "mundo" muito diferente do teatro.

Vi-o em: "Agosto", Jorge Silva Melo (1988); "Sangue", Pedro Costa (1989); "Idade Maior", Teresa Vilaverde; "Xavier", Manuel Mozos (1992); "As Três Palmeiras", João Botelho ( 1994); "Casa da Lava", Pedro Costa (1994); "Anjo da Guarda", Margarida Gil (2000). Mas Pedro entrou em mais de trinta filmes e é a par de Maria e Inês de Medeiros, um dos actores mais consistentes e talentosos do cinema português dos últimos trinta anos.

Pedro era também neto de um dos meus poetas, o grande Zé Gomes Ferreira.

10 comentários:

  1. De regresso.
    Eu que gosto do cinema português, passou-me ao lado os filmes que o Luís referiu, por isso desconhecia o actor.
    Ainda ontem ao saber da sua morte, me interroguei quem seria o actor. Fiquei-me por uma ideia simples. Deve ser desses novos das telenovelas.

    Abraço

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  2. é sempre com tristeza que se vê partir alguém...

    um beij

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  3. Também me causou tristeza a morte dele...
    Um beijo, Luís

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  4. Diz-se que partem jovens aqueles que os deuses amam...
    Gostaria que os deuses não amassem tanto os jovens! :-((

    Abraço também sentido

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  5. não, ele estava quase nos cinquenta e nunca fez uma telenovela, Carlos.

    era a antitese dos "actores instantaneos" da actualidade.

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  6. sim, especialmente quando se ainda é jovem e se tem talento, Piedade.

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  7. o Pedro era uma pessoa singular, Graça.

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  8. o Jorge Silva Melo, que o dirigiu no cinema e penso que também no teatro, definiu-o muito bem no "público" de ontem, Virginia.

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  9. eu também, Rosa.

    continua a ser umas das coisas que mais me custa aceitar neste mundo.

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