É cedo de mais para começarem a desaparecer as pessoas da minha geração, como foi o caso do Pedro Hestnes Ferreira (1962 - 2011), que nos deixou ontem.
Tenho a certeza que é um actor que passou ao lado da maior parte do púbico, porque nunca se interessou pela televisão, nunca fez uma telenovela.
Quem como eu viu bastante cinema português, a partir da segunda metade dos anos oitenta, sabe como enchia a tela, com o seu ar triste e o melancólico, mas tão real, tão humano.
Pedro conseguiu nos transmitir com as suas interpretações, que o cinema é um "mundo" muito diferente do teatro.
Vi-o em: "Agosto", Jorge Silva Melo (1988); "Sangue", Pedro Costa (1989); "Idade Maior", Teresa Vilaverde; "Xavier", Manuel Mozos (1992); "As Três Palmeiras", João Botelho ( 1994); "Casa da Lava", Pedro Costa (1994); "Anjo da Guarda", Margarida Gil (2000). Mas Pedro entrou em mais de trinta filmes e é a par de Maria e Inês de Medeiros, um dos actores mais consistentes e talentosos do cinema português dos últimos trinta anos.
Pedro era também neto de um dos meus poetas, o grande Zé Gomes Ferreira.
De regresso.
ResponderEliminarEu que gosto do cinema português, passou-me ao lado os filmes que o Luís referiu, por isso desconhecia o actor.
Ainda ontem ao saber da sua morte, me interroguei quem seria o actor. Fiquei-me por uma ideia simples. Deve ser desses novos das telenovelas.
Abraço
é sempre com tristeza que se vê partir alguém...
ResponderEliminarum beij
Também me causou tristeza a morte dele...
ResponderEliminarUm beijo, Luís
Junto o meu lamento.
ResponderEliminarBeijinhos
Diz-se que partem jovens aqueles que os deuses amam...
ResponderEliminarGostaria que os deuses não amassem tanto os jovens! :-((
Abraço também sentido
não, ele estava quase nos cinquenta e nunca fez uma telenovela, Carlos.
ResponderEliminarera a antitese dos "actores instantaneos" da actualidade.
sim, especialmente quando se ainda é jovem e se tem talento, Piedade.
ResponderEliminaro Pedro era uma pessoa singular, Graça.
ResponderEliminaro Jorge Silva Melo, que o dirigiu no cinema e penso que também no teatro, definiu-o muito bem no "público" de ontem, Virginia.
ResponderEliminareu também, Rosa.
ResponderEliminarcontinua a ser umas das coisas que mais me custa aceitar neste mundo.