Já vos contei mais que uma vez que uma das vantagens de estar sozinho numa mesa de café, é a possibilidade de escrever sobre o que me surge, quase sempre nos papeis de guardanapo, tipo papel "bíblia".
Ouço e vejo sempre mais. Por exemplo poderia ter dito à moçoila que entrou com a saco preto com um coração vermelho e a palavra Budapeste, que também gostava da cidade, mesmo sem a conhecer...
Provavelmente não assistiria com tanto interesse à oferta de um presente antes de tempo, de uma senhora idosa para outra da mesma geração. A partir de certa idade tudo é possível, até entregar presentes um dia antes do aniversário, sem que se fale de agoiro.
O mais curioso foi ver uma outra mulher plantada na parte de fora do café, com um carro de compras nas mãos, à espera. Percebi que queria muito saber o que estava escondido dentro do embrulho de papel colorido. Depois de perceber que era um colar e dois brincos, que se vendem em qualquer loja de bugigangas, lá seguiu. Devia ser do clube das pessoas que não gostam de jurar falso e que não acreditam que a curiosidade matou o gato (e o rato, claro)...
O óleo é de Francisco Motto Portillo.
Que bom observador que o menino é... do mais recôndito das pessoas do quotidiano. É giro, não é?
ResponderEliminarsou. podia ser "detective", Carol... :)
ResponderEliminar