Dizia isso porque era uma terra praticamente igual às aldeias que conhecia. A única coisa que tinha de diferente, era o Mar, logo ali, quase ao fim da rua.
Às vezes quando estava farto de campo, de Salir de Matos onde passsava boa parte das férias grandes, pensava o quanto saboroso devia ser ter o mar logo ali depois da esquina. Tínhamos o rio, mas além de estreito no Verão, não tinha ondas...
Não íamos lá todos os anos, porque ficava um pouco fora de mão. Ficávamos na casa do tio Joaquim, irmão da avó, que nos recebia principescamente.
Gostava das pessoas de lá, tudo gente simples, pelo menos as que conhecia. Eram pescadores e agricultores quase em simultâneo, por uma questão de sobrevivência...
Este fim de semana quase longo vou visitar a minha Aldeia Salgada, que já não tem nada a ver com a terra pequena e simples de há mais de quarenta anos. O turismo e alguns empresários descobriram-na e não há nada a fazer...
O óleo é de Giner Bueno.
É o mal das nossas "aldeias" ao pé do mar...Mas nas memórias não há turismo nem empresários que lhes mexam!
ResponderEliminarmemórias que o progresso se encarrega de desfazer.
ResponderEliminarbom domingo!
pois não, Helena.
ResponderEliminarera tudo mais pobre, mas mais autêntico.
sim, Piedade, o progresso deixa tantas vezes o "passado" irreconhecível, que chegamos a pensar que foi tudo um sonho...
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