No futebol isso costuma acontecer quando a melhor equipa tem de enfrentar mais que os onze jogadores adversários do costume. Além do famoso trio que leva um apito e bandeirinhas para o relvado - que durante hora e meia age como se fosse dono do campo e da bola e têm o poder de "inclinar o campo de jogo" para um dos lados -, também tem de lutar contra os postes, a trave (que podem funcionar quase como um íman...), ou contra um guarda-redes que se vai agigantando, "reduzindo" o tamanho da baliza, ao mesmo tempo que os minutos começam a escassear e os jogadores vão perdendo a frescura física e mental, passando a ser apenas onze jogadores e não uma grande equipa de futebol.
Tal como a água dos rios não passa pelo mesmo sítio duas vezes, é de todo improvável que a selecção portuguesa de futebol tenha a mesma "estrelinha da sorte" que teve no Euro-2016, quando se sagrou Campeã da Europa.
Como contrapartida possui uma selecção muito mais forte, com jogadores mais experientes e com mais qualidade (Penso que só a França possui uma equipa tão, ou mais, equilibrada e valiosa) Ou seja, pode ter uma "estrelinha da sorte" mais pequenina e demonstrar durante os jogos que é realmente uma das melhores equipas do Mundo.
E é aqui que começam as minhas dúvidas, que cresceram depois do primeiro jogo, quando enfrentámos um adversário fraco (quando comparado com a Alemanha ou França) , e a quem, durante mais de oitenta minutos, não conseguimos marcar um único golo. E também não ajuda muito ter um seleccionador conservador, com medo de fazer substituições e alterar o rumo das coisas...
Não tenho dúvidas de que Portugal só será uma grande equipa se jogar com os melhores jogadores, e nas posições em que se sentem mais confortáveis e capazes de oferecer um maior rendimento ao colectivo.
Exemplos? Na defesa acho inconcebível que jogue Rafael Guerreiro no lado esquerdo, quando temos um Nuno Mendes, que apesar da sua juventude, é muito melhor que o companheiro. No meio-campo continuamos a jogar com dois trincos quando temos um Renato Sanches, pleno de confiança e força. Ainda no meio-campo, além do aparente cansaço de Bernardo Silva e Bruno Fernandes, é notório que jogam fora das zonas de campo onde podem ser mais influentes. E no ataque, não percebo como é que possível jogar sem João Félix...
Claro que estes exemplos prendem-se com as minhas preferências pessoais, mas gostava de ver a nossa Selecção a jogar ao mesmo nível da qualidade dos nossos jogadores, que são mesmo dos melhores do mundo.
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Está bem que demoraram a marcar e que a Hungria não se compara aos outros adversários que os esperam mas que são bons, são!
ResponderEliminarAbraço
Depende da avaliação que fazemos, Rosa.
EliminarClaro que defenderam melhor do que o que nós atacámos, mas o que conta no futebol são os golos. :)
É preciso dizer que a Hungria jogou sempre com 5 defesas....às vezes era 5-4-1...isso também é importante! Mas concordo que o Fernando Santos tem medo de arriscar🙄
ResponderEliminarSim, eles passaram o tempo quase todo a defender, Maria.
EliminarO Fernando Santos parece contar mais com a sorte do que com o talento dos seus jogadores.
Ó Luís concordo (parcialmente) com a tua análise.
ResponderEliminarO Nuno Mendes creio que é bem melhor que o Rafael Guerreiro (com o senão da inexperiência).
O meio campo é Danilo, Renato Sanches, Palhinha e Moutinho.
Só tenho dúvidas é sobre o João Félix - é que na Selecção, tal como acontece com o Bruno Fernandes, nunca o vi jogar bem, mas não quer dizer que, tal como o André Silva ou Pote, não pudesse entrar no jogo substituindo o Diogo Jota que já se está a "convencer" demasiado que "é bom".
Não podemos ter só médios defensivos no meio campo, Severino. :)
EliminarPalhinha provou no último jogo que está um patamar acima de Danilo e William.
Tens razão, há jogadores que têm dificuldade em jogar bem na selecção. Mas a culpa pode ser do sistema de jogo. Nos dois primeiros jogos vi muitos jogadores quase perdidos dentro de campo...
Diogo Jota é craque (pena o Bernardo Silva estar muito desgastado, assim como Bruno Fernandes).