A proibição dos festejos do Santo António, nos bairros lisboetas - e um pouco por todo o país -, foram o primeiro grande sinal de que o regresso a uma vida normal, é uma grande incógnita.
E quando pensamos que todas as manifestações que eram animadas pela presença massiva de pessoas, estão proibidas, ou realizam-se com grandes limitações, experimentamos uma sensação estranha, é como se a vida ficasse quase parada.
Falo de casamentos, baptizados, aniversários, homenagens, procissões, mas também de festivais de música, de teatro, de cinema, além das festas populares (o exemplo do Santo António em Lisboa, diz tudo...), que alegravam os bairros e também as aldeias. E claro, dos jogos de futebol.
Mas até os funerais, que embora sejam manifestações com um sentido mais triste e introspectivo, não permitem que todos aqueles que se queriam despedir pela última vez de um amigo, o possam fazer...
Ou seja, quase que estamos proibidos de chorar e de sorrir...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Penso que esta pandemia veio trazer um grave arrefecimento emocional!
ResponderEliminarAbraço
Pois foi, Rosa.
EliminarQuando paramos para pensar, sentimos o quanto é estranho, este tempo...
A sua reflexão é muito verdadeira!
ResponderEliminarEu estou muito ressentida com tudo, não podemos dar abraços, não podemos dar beijinhos. Parece que estamos a passar por um processo de desumanização!
Até as máscaras escondem os nossos sorrisos!
Devíamos estar todos, Micaela.
EliminarIsto está A DESUMANIZAR-NOS (ainda mais).