sexta-feira, junho 26, 2020

O Último a Chegar que Feche a Porta, se Conseguir...


Eu que sou leitor confesso (em anos normais leio sempre mais de trinta livros, em anormais como o de 2019, posso ultrapassar os cinquenta...), nunca me revi na frase de que "são os livros que nos vão salvar".

Sei que há muitas mais coisas que nos podem salvar.

Talvez a mais importante seja aprender a amar a natureza, mesmo sem se ter de ler o poeta Alberto Caeiro. O cuidar, em vez de destruir, as plantas e os animais que nos acompanham nesta viagem quase louca.

Sei que há algum lirismo, neste "cuidar" e pouco realismo...

E olhar para o mundo não ajuda nada. Como é que nos podemos salvar, se a maior parte das pessoas não têm qualquer vontade de respeitar o espaço do outro? Podia falar neste momento particular do distanciamento, tão importante nesta altura, ou seja, das pessoas que ao verem-nos a afastar, se aproximam... Ou de todos aqueles que "plantam" nas ruas e nos carreiros as máscaras que já não utilizam, apesar de todas as recomendações...

Pois é, há tanta coisa que nos pode salvar, e que não vem apenas nos livros... e que dependem apenas de nós...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

4 comentários:

  1. Eu fico mesmo muito triste e desiludida com esta falta de respeito pelo espaço do outro! Não sei como chamar a estas pessoas, apetece-me inventar um nome, qualquer coisa como analfabetos, mas pior!

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    1. São um pouco de tudo, ignorantes, dissimulados, cínicos, irresponsáveis, inconscientes, Micaela...

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  2. Sammy, o paquete27/06/20, 15:39

    Ia começar o comentário, que antevia longo, quando se lembrou de, há dias, ter tropeçado numa frase de Hélia Correia:
    «…para que servem os poetas em tempo de indigência?»

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    1. Pois, é sempre uma boa pergunta, Sammy.

      Mas neste "reino da ignorância" esquecem-se os poetas e todos aqueles que ainda têm alguma lucidez...

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