sábado, outubro 26, 2019

As Palavras e o Silêncio...


Sei que estou mais comedido a falar com pessoas que não conheço bem sobre o dia-a-dia. E então se for para dizer mal dos políticos, dos polícias, dos médicos, dos professores, dos enfermeiros... Não há qualquer hipótese de diálogo.

Só os meus amigos é que conseguem que me "liberte" e diga coisas quase terríveis, misturadas com outras, divertidas, sobre estes tempos com demasiadas cores (mesmo que muitas desapareçam com os primeiros pingos de chuva...).

Os "70" foram tema de conversa, assim como o bloco central, que sempre pareceu uma "cozinha", pela quantidade de tachos e panelas e também de ingredientes diferentes (para tantos paladares...). 

Como não podia deixar de ser, também se criticou, de alto a baixo, a sua qualidade. A deixa foi aproveitada para se alargarem horizontes e se trazerem, à vez, para a mesa, os actuais líderes do mundo, que usam e abusam da meia branca e dos penteados exóticos. Enquanto eles iam dizendo raios e coriscos, lembrei-me do Hitler, do Salazar, do Franco e do Estaline, mas fiquei em silêncio...

O mundo nunca foi um lugar muito recomendável para se viver, na paz do senhor (ou da senhora)...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

6 comentários:

  1. Bom dia. Eu se me lembrasse de Hitler, do Salazar, do Franco e do Estaline também ficava em silêncio. Hoje em dia discute-se mais Política e desporto, mais futebol. Por vezes é uma forma de aliviar o stress do dia a dia.
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    Votos de um domingo feliz

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    1. Acho que sim, Ricardo.

      É fácil dizermos mal de tudo, até por sentirmos que as coisas podiam correr melhor, na educação, na saúde...

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  2. É bem verdade amigo. Os tempos nunca foram muito bons para os humanos, ou os humanos nunca proporcionaram bons tempos a si mesmos.
    Abraço e bom domingo

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    1. Pois não, Elvira.

      Deixamos sempre os "maus" serem poder e fazerem o que lhes apetece...

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  3. Um amigo meu anti-fascista dizia-me: não tenho obviamente saudades de Salazar mas tenho-as do tempo de Salazar.

    -Vergílio Ferreira in "conta-corrente 4"

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    1. O problema maior é haver tanta gente que não sabe viver em democracia, precisam de "chicote" para andarem na linha, Severino...

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