O Sporting é o grande exemplo da dificuldade com que muitas pessoas têm em viver em democracia.
Não só não aceitam a vontade das maiorias, como têm muita dificuldade em conviver com a alteração de regras, que neste caso particular teve como objectivo acabar com benefícios e poderes excessivos (muitos deles sem sentido, como são os das claques...).
Olhando para a sociedade, é notória a falta de respeito, crescente, pelo espaço dos outros e pelas diferenças, todas (de opinião, de cor, de sexo, de religião, de gosto, etc), ao ponto de ter ser o Estado a regulamentar sobre muitas delas (com multas e tudo)...
Fixando-me nos movimentos colectivos, sem querer fazer qualquer comparação, em termos de visibilidade e de poder, assisti em Almada a situações quase surrealistas, na minha experiência associativa de duas décadas e meia.
Percebi que o poder pode "cegar" as pessoas (por muito pequeno que seja), ao ponto de as fazer esquecer as regras democráticas. Muitas delas acham que estão sempre certas e não conseguem viver sem o seu "quero, posso e mando".
O cúmulo desta atracção pelo poder aconteceu com duas pessoas, que ao serem derrotadas, democraticamente, saíram para fundar os seus clubes (onde podiam fazer o que queriam - curiosamente mantêm-se como presidentes desde a sua fundação...).
Talvez todas estas pessoas gostem mesmo é de viver em ditaduras, e se sintam mais em "casa" com a repressão que com a liberdade...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
"O SPORTING é o grande exemplo da dificuldade com que muitas pessoas têem em viver em democracia".
ResponderEliminarMas as claques são o SPORTING? Fará sentido a frase acima?
Eu (sou SPORTING) e sou contra as claques, nada tenho a ver com elas nem a grande maioria dos seus sócios e adeptos (e julgo que o Luís tem essa convicção, por isso a sua análise parece-me incorrecta e intelectualmente desonesta ao dar como exemplo unicamente o SPORTING).
Penso que se trata de uma turba de vândalos, facínoras, imbecis e por isso felicito o Presidente do meu clube por estar a tentar acabar com elas (claques).
Contudo, convém não esquecer que há clubes que dizem não ter claques mas continuam a apoiar essa turba que até já assassinou dois adeptos do clube rival (terão estes facilidade em viver em democracia?).
Se muitas pessoas do SPORTING têem dificuldade em viver em democracia que dizer destes assassinos que toda a gente sabe quem são e quem e que clube os apoia? Convém portanto não apontar a pistola só a um pois tal como muitas vezes repetia Rui Vitória quando se aponta um dedo ao outro estão três a apontar para nós.
O SPORTING é uma instituição que merece respeito e não merece estar a ser constantemente enxovalhada com pedradas, sobretudo quando vêem do lado de instituições que ultimamente (e não só) têem também sofrido na pele muito e muito enxovalho.
Severino, na análise que fiz (muito ligeira...), não me referia apenas às claques, mas também às pessoas que logo depois das eleições do Sporting, já se perfilavam como "pseudo-candidatos".
EliminarE mais grave, percebe-se que querem que o Sporting perca, para chegarem ao poder. Isto não é gostar do Sporting. O mesmo se pode dizer das claques, que gostam mais do dinheirinho que recebem dos negócios obscuros, que do Sporting...
Quando em falava em o Sporting ser metáfora da sociedade, é por se sentir que o dinheiro está à frente de tudo.
Provavelmente expliquei-me mal (fui muito generalista...), Severino.
O que escrevi não tem nada a ver com os "clubismos exacerbados", que se vêm por aí. Com as guerras Sporting, Benfica e Porto.
Tem mais a ver com a tristeza que é, perceber-se que os piores inimigos do Sporting, estão dentro do Sporting (como em outros clubes, em que o "poder" é mais importante que o "amor"...
O que me entristece é que os clubes acabaram, apesar de gostarmos dos nossos clubes, agora já são empresas, entidades, SAD's, enfim é realmente como comentas é o rei verde, o dinheiro que comanda tudo até já comprou o amor dos nossos clubes.
ResponderEliminarPois, o que vem aí não é nada animador, Severino...
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