Sempre que me cruzava com aquele homem bem vestido e perfumado (como quase todos os homens que gostam de outros homens...), interrogava-me se ele lia mesmo todos os livros que trazia numa das mãos, encostado ao peito.
Interrogava-me, embora soubesse a resposta. Não acreditava que alguém andasse todos os dias a passear um livro, sem o ler... E que não amasse os livros.
E também sabia que se alguma vez lhe fizesse essa pergunta ele me responderia: «Ler? Não! Só passeio os livros.»
Porque há perguntas parvas que só merecem ter respostas parvas...
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
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