quinta-feira, outubro 31, 2019

Um Dia Bom para a "Caça às Bruxas"


As modernices que nos foram chegando das américas, dizem que hoje é um dia bom para a já medieval "caça às bruxas".

Embora as pessoas sejam livres de fazerem o que lhes apetece com os prémios literários que organizam (até podem pôr uma cláusula que ele só pode ser entregue a alguém da "irmandade"...), quando estes adquirem importância nos meios literários (como é o caso do PrémioLeya), podem e devem ser discutidos.

Neste caso particular, nem sequer preciso de libertar os "caçadores de bruxas", qualquer pessoa normal achará estranho que um prémio com 409 concorrentes, não seja atribuído pela falta de qualidade dos mesmos...

E quando os argumentos falam de "limitações na composição narrativa" e "fragilidades estilísticas", a coisa até se pode considerar hilariante, mesmo que não tenha graça nenhuma, pelo menos para as mais de quatro centenas de candidatos à vitória...

(Fotografia de Luís Eme - Vila Nova da Barquinha)

10 comentários:

  1. Meu caro, tem toda a razão, relativamente a essa história do prémio LeYa 2019. Cheira-me a estratégia, para elevá-lo a falso prestígio e ganhar reputação, pois isso faz vender, como se sabe. Por essas e por outras é que os prémios não me dizem nada.

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  2. Sammy, o paquete31/10/19, 18:11

    Há muitos e muitos anos, em tempos do botas-de-santa-comba, o poeta José Gomes Ferreira declarou que a Poesia não se premeia, persegue-se.
    Os prémios, seja lá quem for que os atribua, nunca me disseram nada. Não leio livros por serem premiados, não compro sabonetes por serem publicitados. E então se nisso dos prémios a LEYA está metida, eu entro a pés juntos e declaro que para atribuírem prémios têm primeiro que aprender a ler, a começar pelos rapazes que levam as escolhas até ao grande júri. Não sei quem são, nem quero saber. Tão pouco entro na livraria que têm na Avenida de Roma e que, em tempos de boas memórias, se chamou Livraria Barata. Felizmente que, dos autores do meu panteão, já nenhum é por aquilo editado. Malcriadamente declaro que tudo o que da LEYA vem é fétido e reclama urgentemente a descida à sanita, seguindo-se o banho purificador do autoclismo.
    Vou, certamente arrepender-me de ter escrito este comentário, mas já estou velho para mudar!

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    1. Quando dizemos o que pensamos, Sammy, não precisamos de nos arrepender.

      Infelizmente muitos "prémios" literários (para não referir outros...), estão cheios de "nuvens"...

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    2. Sammy, o paquete02/11/19, 14:14

      Caro Luís, permita-me voltar ao assunto que merece atenção, mas não assim tanta, porque uma boa parte da gente que trabalha em algumas editoras, está formatada, não podem sair dos carris.
      A questão não é dizermos o que pensamos, que a isso nunca me escuso, mas a maneira como o dizemos. E irritado que estava, senti que devia entrar a pés juntos, mas não gosto de jogar assim. Teremos que ter o bom senso de defender os poucos blogues que não entraram na javardice que por aí prolifera. Entendo que os poucos blogues feitos «à maneira antiga», que ainda persistem, terão que ser defendidos, como, em tempos, se pedia para defender o lince da serra da Malcata.
      É que o problema da LEYA tem a ver com a mentalidade imposta pelo dono-corredor-de-automóveis que não gosta de livros e está-se borrifando para os autores do Prémio, porque se eles não vendem, como o José Rodrigues dos Santos vende, não interessam à chafarica.
      É assim que nos encontramos.
      Receio não existir volta a dar.

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    1. Continua a ser normal "atirarem-nos areia para os olhos", Cristina...

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  4. Embora tenha encerrado o assunto noutro local, continuo a perceber esta estratégia ,só não compreendendo o despudor na sua aplicação. Não fui concorrente nem conheço pessoas das minhas relações familiares ou próximas que o tenham sido. Por isso, isento de interesses vagos ou pessoais, tratei de enviar uma extensa carta ao COO da LeYa, manifestando a minha estranheza, julgo que legítima como cidadão livre. Não vou obter resposta, com 99 % das probabilidades. O estatuto e o direito do Grupo impedem descer tão "baixo" para se justificarem, mormente por que razão, sendo apresentados três obras finalistas ao alegre júri, nem uma reúna os parâmetros invocados.

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    1. O "negócio" é o mais importante para a Leya, Santos Costa...

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  5. Então não é que o Bob Dylan foi Prémio Nobel da Literatura...muitos anos depois do Churchill

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    1. Pois é, Severino, o Nobel ainda tem crítérios mais largos (além de Dylan, também gostam de premiar "desconhecidos").

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