Li no mês passado uma frase sobre a fotografia nos nossos dias, com a qual concordei.
Sérgio C. Andrade escreveu no Público que: «Com a popularidade (e problematização estética) da fotografia anónima há cada vez menos uma sensação de voyeurismo no acto de "entrar" no quotidiano alheio sem ser convidado.»
Pois é, por muito que procuremos defender a nossa imagem no espaço público, isso começa a ser uma coisa praticamente impossível, tantas são as máquinas e os telemóveis (muito mais que as máquinas...) a quererem fixar o espaço por onde circulamos...
A coisa mais fácil que temos de fazer é virar a cara para o lado, parar (até para não "estragarmos a fotografia"), quando percebemos que estão a querer retratar algo próximo de nós.
Por mais "legalistas" que queiramos ser, o direito à privacidade no espaço público é algo que se pode dar como perdido, principalmente nas grandes cidades...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
É um facto. Sem querermos ser fotografados há sempre alguém que usa o telemóvel sem os devidos cuidados…
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo.
Um abraço.
É a vida moderna, é o querer registar todos os momentos, Graça (quase mais que vivê-los...).
EliminarE agora fotograva-se tudo quanto mexe...claro que ninguém mais irá ver aquelas fotografias.
ResponderEliminarSim, há uma sofreguidão de fotografar, fotografar, Severino.
EliminarA facilidade banaliza as coisas...