segunda-feira, março 24, 2014

O Longe o Perto (e a Preguiça...)


Na sociedade de hoje está tudo mais próximo. As distâncias quase que se perderam no tempo, felizmente.

E nem vou falar das viagens pelo mundo fora...

Muito menos das viagens quase eternas para o interior, em estradas estreitas e cheias de curvas. Era quase um dia de viagem até à aldeia da Beira, onde viviam os meus avós paternos...

Quase todos ouvimos os nossos avós (e até os nossos pais...) contarem o tempo que demoravam a percorrer distâncias curtas, num tempo em que os carros eram uma raridade.

Nesse tempo a maior parte das pessoas andavam a pé. Quem trabalhava em lugares mais distantes, logo que lhes era possível, adquiria pelo menos uma bicicleta ou uma motorizada.

Toda esta conversa, porque por vezes a falta de vontade de aparecer aqui e ali, surge com desculpas que se agarram à distância, quando o que acontece é não nos apetecer sair do quentinho de casa...

Como eu percebi a Rita: «Quando queremos ir mesmo a um lugar, todas as distâncias se encurtam.»

6 comentários:

  1. Gosto de visitar este Largo onde encontro tantas memórias. Quanto às distâncias, é tudo subjectivo. Quem tem preguiça tudo lhe parece longe até mesmo ir do sofá para a cama...
    Um abraço, Luís.

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  2. Nem preciso de lembrar dos meus pais. Quando eu era menina, ia todos os domingos à missa à Igreja de Santa Cruz no Barreiro. Mais ou menos 3 kms de onde morava. 6 kms ida e volta. Não havia autocarros no Barreiro, e se os houvesse não havia dinheiro para os bilhetes. E íamos os 3 irmãos eu era a mais velhinha. Pela azinhaga da caldeira do alemão até à Verderena e daí pela estrada. Meus pais iam trabalhar, porque o trabalho ao domingo sempre era um pouco mais bem pago, e nós éramos muito pobres. Não havia medos de raptos nem de pedofilias nem de outras coisas.
    Hoje embora goste de caminhar, não consigo fazer certas distâncias. A velhice é uma coisa muito chata.
    Um abraço

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  3. sem querer este texto recordou-me algo parecido, ao que o comentário da Elvira diz...

    e a Rita tem razão....

    :)

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