quarta-feira, janeiro 22, 2014

A "Diabolização" dos Pais


Felizmente as primeiras notícias da manhã foram boas para os familiares da criança de dezoito meses desaparecida na Madeira, e para todos nós, claro.

Ontem ouvi uma série de comentários pouco abonatórios para os pais e para os familiares, para o seu descuido, ao ponto de algumas pessoas com uma imaginação mais mórbida, falarem de um novo caso "Maddie". Acrescentando inclusive que desta vez a "rainha da Inglaterra" não estava cá para os salvar.

Não fui capaz de tecer qualquer comentário. 

E hoje senti-me feliz e aliviado por o menino ter aparecido, por de alguma maneira colocar um ponto final nas muitas "telenovelas" que ganhavam vida dentro das cabecinhas da gente que se alimenta diariamente do quotidiano dos outros.

Mas há um aspecto que me deixou preocupado em todo este episódio: a crescente "diabolização" dos pais, mesmo sem qualquer tipo de prova, pelo menos na "praça pública", onde passam logo para o topo da lista dos suspeitos em qualquer caso de desaparecimento de crianças.

Felizmente continuo a acreditar que os pais são os primeiros guardiões dos filhos que colocam no mundo e que fazem tudo para que estes sejam felizes, mesmo num país que não é para crianças, para jovens ou para velhos, como é o nosso...

O óleo é de Jesus de Percival.

8 comentários:

  1. [ a realidade me dói.
    eu quero o redondo
    quero o giro absurdo
    quero e preciso
    do que é iluminado ]


    beij0

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  2. pois foi!
    pelo menos foi uma boa notícia logo pela manhã.
    beijo

    :)

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  3. Ainda bem que o menino apareceu. Imagino a aflição dos pais. Quando o meu Pedro tinha 6 anos um dia, quando eu cheguei à escola para o ir buscar, ninguém sabia dele. A professora saira mais cedo, e eles ficaram com outra professora. Mas o Pedro desaparecera e ninguém sabia dele. Parece que ainda hoje sinto o coração apertado com a aflição que apanhamos meu marido e eu. E naquele tempo não se falava em raptos como hoje. Corremos o Barreiro todo à procura dele, pedimos ajuda à policia e tudo. E o bom do Pedro tinha-se esgueirado da escola com os garotos do 4º ano, (que se chamava 4ª classe na altura,)que saiam mais cedo, e foi com um grupinho para a praia.
    Por isso eu disse que imaginava a aflição dos pais. Ainda bem que tudo acabou em bem.
    Um abraço

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  4. Também fiquei contente. Até porque se trata de uma criança tão pequena e tão indefesa. Mas que os caso é estranho, ah lá isso é! Aquilo não foi um simples desaparecimento, ai lá isso não foi!!

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  5. sim, embora a história ainda não tenha acabado, Elvira.

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  6. claro que é estranho, Graça.

    tanto o desaparecimento como o aparecimento.

    mas a PJ mais uma vez, deixa muito a desejar. felizmente a criança apareceu, quase milagrosamente...

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