terça-feira, maio 14, 2013

Abril: Entre o Sonho e o Pesadelo


Abril parece cada vez mais um sonho, distante.
Às vezes penso que se está a transformar
numa  daquelas recordações infantis, 
que em alguns momentos duvidamos da sua existência.

É então que pergunto:
É assim tão difícil viver num regime verdadeiramente democrático,
onde todos temos deveres e direitos iguais?
Para mim não, mas para alguns nota-se que é um pesadelo.

Nunca percebi (nem vou perceber...),
porque razão "esses alguns" sonham ser donos de tudo,
porque gostam tanto de construir ilhas no meio da terra,
onde tem quase tudo e mesmo assim não vivem satisfeitos.

Pensar,
que é,
por causa dessa gente,
que Abril parece,
cada vez mais,
um sonho distante...

O óleo é de Alexei Antonov.

8 comentários:

  1. Difícil é! Mas impossível não!!Há sempre "esses alguns",a quem nada lhes chega, e, sugam as almas alheias,como se proibido fosse aos outros sonharem. Mas o sonho permanece vivo, embora distante...

    Abraço!

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  2. Luís, vamos lá ver: Abril foi simplesmente um golpe de Estado, realizado por militares descontentes com a guerra colonial. Eram militares sem nenhuma preparação política que o melhor que fizeram para além do golpe foi devolver a soberania ao povo. O chamado programa do MFA foi simplesmente um conjunto de boas intenções que apontava, entre outras coisas, para uma sociedade sem classes a caminho do socialismo, ao ponto de fazer parte da Constituição. Os partidos que fazem parte do "arco do poder" embarcaram nessa premissa, excepto o CDS. Começa aqui o tal sonho que o Luís refere e que é uma recordação infantil, de facto.
    Difícil é viver num regime democrático onde todos exigem direitos, deveres tá quieto! O texto de Inês Teotónio Pereira que inseri no meu blogue, quer dizer precisamente isso e que não tem nada de reaccionário. É um facto diário indiscutível.


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  3. claro, Cristina.

    o que seria de nós sem o sonho...

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  4. eu não vou falar mais do outro texto, que considero, execrável, Carlos.

    em relação a Abril e às coisas que o Carlos fala, é natural na chamada "luta de classes", que os patrões queiram dar o menos possível e os operários, queiram o mais possível. a democracia vive do equilíbrio.

    outro aspecto não menos relevante, o socialismo nunca foi uma prática política em Portugal (mesmo no PREC, não houve socialismo, houve um período de transição, que é normal após as revoluções.

    e não posso aceitar, de maneira nenhuma, o discurso do Carlos, sempre a culpar os trabalhadores disto e daquilo (não sei, mas se calhar o Carlos é "patrão"...), quando têm sido vitimas de tudo, até da banca, dos empréstimos faceis, para tudo e mais alguma coisa.

    o país está como está graças a dois partidos: PSD e PS.

    graças a seis primeiros-ministros: Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e Passos Coelho, pois foram eles que permitiram os "roubos" praticados nas construções das auto-estradas, na expo 98, nos estádios de futebol, do BPN, etc.

    não vale a pena o Carlos vire sempre com o mesmo discurso, porque os culpados da situação actual são todos os governantes que "roubaram" milhões e milhões ao Estado, que somos todos nós.

    os verdadeiros socialistas que o Carlos tanto "odeia", nunca foram poder no nosso país.

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  5. O pior amigo é que já vou perdendo a capacidade de sonhar.
    Um abraço e uma boa semana

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