sábado, maio 11, 2013

A Falta de Imaginação é o Mal Menor


Podia falar dos administradores de empresas públicas (não lucrativas...), que continuam a receber ordenados superiores ao do presidente da república (sem esquecer  as suas mordomias: carro, cartão de crédito, despesas de representação, senhas de gasolina, etc);  dos deputados que além do vencimento, têm direito a despesas de representação e ajudas de custo para tudo e mais alguma coisa; do presidente da república que gasta quase o dobro da casa real espanhola; dos observatórios e institutos que se mantêm e cuja única finalidade é colocar "bois" (quer do PSD quer do PS); mas para quê?

Já todos percebemos que este governo vai continuar a insistir na mesma fórmula para reduzir a despesa do Estado: reduzir salários aos funcionários públicos e pensionistas. E despedir milhares de funcionários públicos (não pode despedir pensionistas, mas vai cortando-lhes o acesso à saúde e aos bens essenciais, para ver se "desaparecem" de vez da sua vista...).

Isto não revela apenas falta de imaginação, revela sobretudo incompetência e ódio à coisa pública e aos portugueses mais dependentes do Estado, como se estes fossem culpados dos "desmandos" desta gente (PSD e PS) que tem repartido o poder nos últimos 30 anos.

O que estranho é não existir uma reacção forte de todos os sindicatos da função pública, de em vez de fazerem greve por um dia, pararem os seus serviços durante uma semana, para que esta gente ordinária perceba que sem a função pública o país não existe.

O óleo é de Massimo Marano.

4 comentários:

  1. Acho que somos um povo demasiado benevolente.
    Abraço

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  2. pois somos, Rita.

    demasiado mesmo.

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  3. Em relação aos reformados a lógica é," deixa cá espoliar os velhos que já não podem com uma gata pelo rabo e não corremos riscos de revoltas. Depois se eles passarem fome e morrerem, melhor. Acabamos com a peste grisalha,deixamos de ter preocupações." Filhos de chocadeira pensam que são toda a vida novos e esperam ficar pelo menos 50 anos no poleiro como o outro.
    Um abraço e resto de bom domingo

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  4. é vergonhoso o que esta gente anda a fazer, Elvira.

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