quinta-feira, janeiro 24, 2013

O "Almeida Poeta"


Contaram-me uma história carregada de preconceito, quase ao jeito de piada.

Um dos homens que andam pela cidade a apanhar os papeis e outras coisas que teimamos atirar para o chão, tal como o vento, escreve poesia, como se fosse algo de extraordinário.

Tudo começou quando m dos colegas achou estranho vê-lo de vez enquanto parar e escrever qualquer coisa num bloco que trazia no bolso.

Quando lhe perguntou o que escrevia, ele respondeu apenas com uma palavra: POESIA

O que ele foi dizer... o colega quase que se rebolou pelo chão e não ficando satisfeito, contou a todos os companheiros que encontrou.

Agora todos o conhecem pelo "Almeida Poeta".

Quando me contaram, acrescentaram que tinha de o conhecer e levar para as sessões de poesia. Percebi a provocação e disse que sim, sem me rir.

Sei que as pessoas adoram colocar rótulos e até sinais proibidos, mas não percebo porque razão alguém que anda por aí a limpar as ruas, não pode escrever poesia... 

O óleo é de José John Santos.

10 comentários:

  1. Eu também não. Poesia é um dom, ou um talento. Não escolhe raça nem sexo, muito menos berço.
    Um abraço

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  2. E ainda bem que não percebe; felizmente ainda há neste país quem pense.

    Abençoado Almeida Poeta.

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  3. Alguns almeidas são de nobre estirpe.
    São os Almeida da Câmara... rs rs rs

    Saudações poéticas!

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  4. Vivemos num mundo de gente estupidificada. Triste...

    Um abraço

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  5. também não entendo.
    o dom de escrever poesia não escolhe pessoas nem profissões.
    enfim...

    beij

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  6. quem pense, quem olhe, quem escreva, Helena.

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  7. pois são, Vieira Calado. :)

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  8. também, Virgínia, cada vez mais.

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  9. é verdade, Pi.

    é outra coisa.

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