Mesmo quando penso que estou com os ouvidos moucos, ouço muitas conversas por aí.
Tanto posso estar no sitio errado à hora certa, como no sitio certo à hora errada, é indiferente.
Uma senhora com uns setenta anos estava à espera de vez para meter o "euromilhões", ao mesmo tempo que eu esperava para comprar uma revista.
Estava na conversa com outra mulher e quase se desculpava por estar a jogar. Falavam ambas dos filhos, que precisavam mais que nunca das suas ajudas. A senhora mais faladora foi mais longe e contrariou o ditado, que nos diz que o dinheiro não trás felicidade, «eles só precisam de algum dinheiro para serem felizes.»
E como ela está certa...
Nesta altura do "campeonato" a maior parte de nós sabe que algum dinheiro extra é uma boa ajuda para a caminhada na direcção dessa coisa, chamada "felicidade"...
O óleo é de Paula Rego.
Algum dinheiro dá sempre jeito!
ResponderEliminarSe há pais a ajudarem filhos também acontece o inverso...mas os filhos da minha geração estão a viver bem pior do que nós!
Abraço
Bom mesmo seria: "a felicidade traz dinheiro" :)
ResponderEliminarbjs
Olhe amigo eu acho que nós as pessoas na fixa dos 60/70 somos a gereção à rasca. Porque temos ou tivemos que ajudar os pais, e temos que ajudar os filhos. Falo por experiência própria. Minha mãe esteve paralizada 29 anos. Nos últimos dois, porque eu estava muito cansada e sem condições de saúde para continuar a cuidar dela foi para um lar. Pagavamos 1100€ mensais e fraldas, medicamentos e os cremes anti-escaras, tinhamos que levar. A reforma dela era de 492€ com suplemento de viuvez e de grande invalidez. Andei dois anos a caminhar para a Segurança Social para que a levassem para os cuidados continuados da Segurança. Nunca havia vaga. Telefonaram-me a dizer que lhe tinham arranjado vaga, no momento em que o corpo saía da igreja para o cemitério.
ResponderEliminarPor outro lado o filho a viver no Barreiro, e a trabalhar em Palmela, com ordenado pequeno, sem transporte público, a usar todos os dias gasolina caríssima, com uma filha pequena, a mulher que ganha pouco mais do salário minimo e a pagar casa e carro.
Imagine quem paga parte das despesas dele? E agora multiplique isto por milhares de pessoas neste país e depois diga-me se a geração à rasca não é a nossa. E que futuro nos espera?
Bom desculpe o desabafo e se não quiser publicar esteja à vontade.
Um abraço
Bom fim de semana
hoje mais que nunca, Rosa.
ResponderEliminarnão é por acaso que se joga mais...
está bem, Laura. :)
ResponderEliminartambém, Rita. :)
ResponderEliminartambém, Rita. :)
ResponderEliminareu sei, Laura.
ResponderEliminaré esse o dia a dia da sua geração.
estava a pensar na Laura, Elvira. :)
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