Não tenho dúvidas que a nossa relação com as imagens depende bastante da nossa educação e do meio onde estamos inseridos.
Quem raramente vai a museus ou a exposições, à partida sente uma maior indiferença pelo poder da imagem, enquanto objecto comunicativo.
Embora as Caldas da Rainha possuam museus mais apelativos e de maior qualidade artística que os de Almada, tenho quase a certeza que têm uma relação mais afastada com a cidade e com os cidadãos.
Embora muito boa gente tente desvalorizar as diferenças entre a políticas de direita e de esquerda, elas saltam à vista quando olho para estes dois exemplos. De um lado está as Caldas, que continua a alimentar uma cultura elitista, para a meia dúzia de "iluminados" do costume, enquanto Almada pratica uma politica cultural mais massiva e aberta a toda a população.
Claro que nunca se chega a todo o lado. Da mesma forma que há muitos caldenses que nunca pisaram o Museu José Malhoa, também há muitos almadenses que nunca visitaram a Casa da Cerca...
O óleo é de Saghar Pezeshkian.
Às vezes penso que o povo tem o que merece, Luís. Mas depois, pensando bem, o povo tem o que nós conseguimos fazer-lhe chegar. É uma questão de sensibilização e informação. E trabalho por fazer...
ResponderEliminarBeijinho, com os olhos postos nas romãs.
claro, Maria.
ResponderEliminarhá quem precise quase de ser empurrado para dentro dos museus. :)