Perguntei ao Carlos por um amigo dele, que não via há meses.
Disse-me que perdeu o hábito de sair de casa e agora é um problema para vir à rua. Quase que só sai para ir ao médico...
Lembrei-me da minha mãe, que anda todos os dias, sem ligar às dores nos joelhos e num dos pés. Lembrei-me do Augusto, que se apoia nas muletas há pelo menos meia dúzia de anos, e raramente falha o café.
Quando o questionei, se ele não lhe telefonava e chateava para se encontrarem, disse-me que não, acompanhado da frase que dá título a estas palavras: «às vezes morremos, mesmo que continuemos vivos.»
Depois ficámos em silêncio, por alguns instantes...
O óleo é de Janet Ternoff.
Não é fácil ajudar quem decidiu morrer aos poucos...
ResponderEliminarMas se ninguém insistir, se a ausência se instalar, a solidão é como o musgo agarra-se à alma e já não sai de lá!
Abraço
tão triste....
ResponderEliminar;(
A apatia, o deixar andar, a perda do gosto de viver.
ResponderEliminarhá coisas que custam muito ouvir...
ResponderEliminarE de que maneira! Há para aí muitos zombies. Os bilhares do Central, p.e., estão cheios deles.
ResponderEliminarinstantes em silêncio, cheios de significado.
ResponderEliminarAproveitemos, pois, a vida...enquanto temos vivos...
O meu maior medo é viver morrendo.
ResponderEliminarAssiste-se tanto a isto!
Bjs e bf de semana
Há pessoas assim. Mais fechadas, mais metidas consigo. Mas sentir-se a morrer mesmo que vivo é muito triste. E o pior é que há cada vez mais gente a sentir assim: falta de alegria de viver.
ResponderEliminarBeijo. Bom fim de semana.