O meu amigo que faz filmes tem um coração quase de manteiga, ou seja, possui a pior qualidade que um "patrão" deve ter. Percebi mais uma vez durante a nossa última conversa, que mesmo sem ter empregados, sou bem mais frio e pragmático, em relação a algumas matérias sensíveis da natureza humana.
Desabafou que em 2013 vai ser difícil manter a mesma equipa de colaboradores e que se calhar vai ter de dispensar um "puto" porreiro e cheio de talento.
Quando lhe perguntei se ele era o elo mais fraco da equipa, disse-me que não.
Contou-me que o Artur sempre fora a maior fonte de problemas do grupo, mas não o podia dispensar, pois estavam juntos há mais de dez anos...
Percebi depois que o Artur era o técnico de som, que andava sempre sem dinheiro, embora não deixasse de comprar tudo o que lhe apetecia. Ao dia 15 começava a pendurar-se e o Gui lá lhe dava o "adiantamento" da ordem, para ele continuar a viver a vida, despreocupadamente.
Depois explicou-me que se despedisse o Artur, ele teria mais dificuldades em arranjar emprego, que qualquer outro, por não ser pontual, não se vestir como deve ser, etc.
Disse-lhe que ele pensava à chefe de secção do funcionalismo público, que protegem sempre os incompetentes, sobcarregando de trabalho os melhores funcionários.
Respondeu-me que não, com um sorriso, ele era muito competente no que fazia, o pior era o resto...
O óleo é de Karen Offutt.
(Oh boca de trapo, já te disse que há coisas que não são para aqui chamadas. E vou dizer ao Artur para te ler)
ResponderEliminar:))
Quando se leva a vida a passar a mão na cabeça de uma criança ela nunca deixa de ser criança.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana.
eu sei, Gui, eu sei. :)
ResponderEliminaré bem verdade, Elvira.
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