sexta-feira, julho 01, 2011

António, António...


Sempre a conheci como Zefa, um diminutivo quase estranho.


Um dia contou-me a história do seu nome, o porque de Zefa e não Zeferina, como vem no bilhete de identidade. Simplesmente, porque detestava o nome de baptismo...

Nunca perdoou que o pai, António, aborrecido por ser sempre dos primeiros, ficar nas primeiras filas da escola, etc, resolvesse que o seu primeiro filho teria um nome que começasse com a letra zê. Não havia muitas escolhas, foi por isso que ele preferiu Zeferino a Zulmiro (estava convencido que seria um rapaz...).

Ela ao contrário do pai, detestou ser sempre a última nas tais filas da escola...

Perguntei-lhe se alguma vez chateou o pai pela escolha. Sorriu e disse que sim: «muitas vezes.»

O óleo é de Andrew Ameral.

9 comentários:

  1. Os filhos sempre a pagar pelos caprichos dos pais! E nós, pais, não fazemos por mal.

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  3. O António não devia ter sido tão radical. Há nomes muito bonitos começados, por exemplo, por V :)) - como Vitória!
    E garanto que tem o mesmo efeito: sempre entre os últimos!

    Beijinhos

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  4. Eu sou Vítor e ficava na primeira fila porque sou baixinho. Nas listas era quase sempre o último mesmo depois do Virgílio e um bocadinho antes da Vitória. E era cá uma felicidade quando encontrava um Xavier ou um Zulmiro...

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  5. Muitas pessoas escolheriam para si mesmas outro nome, se pudessem. Algumas, com toda a razão...
    Beijinhos.

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  6. podes querer, Carol.

    e noutros tempos mandava a tradição que os afilhados ficassem com os nomes dos padrinhos...

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  7. mas não podemos, Filoxera.

    depende sempre da sensibilidade dos nossos pais.

    acho que Zeferina está ao nivel da katias vanessas deste tempo...

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