Uma pessoas curiosa perguntou-me se havia alguma paisagem que me tivesse marcado a infância.
Disse que deveria haver mais que uma, mas que não era coisa para falar assim de repente, merecia alguma introspecção.
Quando comecei a pensar no assunto descobri várias, mas algumas eram tão habituais que não as poderia considerar marcantes. O mar por exemplo, fazia parte de todas as férias, assim como Salir de Matos. Pensei no Vale da Quinta... naquela vista campestre deslumbrante até que dei por mim a subir a estrada que me levava para o coração da Lagoa de Óbidos, devia ter uns oito, nove anos.
Era o mais novo daquelas aventura do género das dos "pequenos vagabundos", em que no "segredo dos deuses" nos afastávamos do perímetro do nosso bairro.
Sei que fiquei encantado quando chegámos ao ponto mais alto e descobri a beleza natural das águas da Lagoa, que entravam pelo meio dos campos verdes, povoados de árvores. Era uma novidade para mim, apesar de estar ali tão perto.
Esta fotografia da Lagoa não faz justiça à imagem que ainda tenho gravada na memória, mas foi a que descobri, tirada por mim, que mostra um pouco da beleza das águas que se misturam com os campos...
A nossa Lagoa está toda assoreada, Luís. Quem dera que esta foto fosse de hoje, apesar de tudo...
ResponderEliminarBeijinho.
Um sítio muito belo. Não sei como está pois, infelizmente, não vou lá há muito tempo.
ResponderEliminarEngraçado, estive lá há dias. Concordo contigo. É um sítio magnífico.
ResponderEliminarsim, Maria.
ResponderEliminareu falo de uma lagoa do final dos sessenta, principios de anos setenta, da vista do alto da quinta do Negrelho...
das casas com ar estrangeiro abandonadas no alto...
e da visão maravilhosa da água ao fundo, que ocupava quase tudo...
continua bonito, Helena.
ResponderEliminarmas tem perdido muito, nos últimos anos.
sim, Laura.
ResponderEliminarmas já foi muito mais belo (e não é saudade...).