Sempre a conheci como Zefa, um diminutivo quase estranho.
Um dia contou-me a história do seu nome, o porque de Zefa e não Zeferina, como vem no bilhete de identidade. Simplesmente, porque detestava o nome de baptismo...
Nunca perdoou que o pai, António, aborrecido por ser sempre dos primeiros, ficar nas primeiras filas da escola, etc, resolvesse que o seu primeiro filho teria um nome que começasse com a letra zê. Não havia muitas escolhas, foi por isso que ele preferiu Zeferino a Zulmiro (estava convencido que seria um rapaz...).
Ela ao contrário do pai, detestou ser sempre a última nas tais filas da escola...
Perguntei-lhe se alguma vez chateou o pai pela escolha. Sorriu e disse que sim: «muitas vezes.»
O óleo é de Andrew Ameral.
Os filhos sempre a pagar pelos caprichos dos pais! E nós, pais, não fazemos por mal.
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ResponderEliminarO António não devia ter sido tão radical. Há nomes muito bonitos começados, por exemplo, por V :)) - como Vitória!
ResponderEliminarE garanto que tem o mesmo efeito: sempre entre os últimos!
Beijinhos
Eu sou Vítor e ficava na primeira fila porque sou baixinho. Nas listas era quase sempre o último mesmo depois do Virgílio e um bocadinho antes da Vitória. E era cá uma felicidade quando encontrava um Xavier ou um Zulmiro...
ResponderEliminarMuitas pessoas escolheriam para si mesmas outro nome, se pudessem. Algumas, com toda a razão...
ResponderEliminarBeijinhos.
podes querer, Carol.
ResponderEliminare noutros tempos mandava a tradição que os afilhados ficassem com os nomes dos padrinhos...
ou Virginia.
ResponderEliminaracredito, Constantino.
ResponderEliminarmas não podemos, Filoxera.
ResponderEliminardepende sempre da sensibilidade dos nossos pais.
acho que Zeferina está ao nivel da katias vanessas deste tempo...