José Cardoso Pires falou assim da imprensa durante a ditadura salazarista e marcelista, no seu extraordinário romance, "O Delfim":
«São jornais sem sobressaltos, é o que se pode dizer deles, lendo-os. E é o que eles nos dizem a nós, suando. Foram tão escorridos, tão lavados pela censura, que sujam as mãos.»
Hoje acontece exactamente o oposto, digo eu. Provavelmente liberdade a mais, apesar das frases trágico-cómicas de Rangel, Crespo, Manuela, Zé Manel e companhia:
«São jornais com tantos sobressaltos, é o que se pode dizer deles, lendo-os. E o que eles dizem a nós, suando. Foram tão imaginativos, tão extremados pelos jornalistas da sensação, que sujam as mãos.»
A gravura é de José Dias Coelho, artista plástico militante do PCP, assassinado cobardemente pela PIDE, no começo da década de sessenta do século passado.
extraordinário mesmo, também li.
ResponderEliminare muito se poderia dizer sobre as redundantes " performances" da imprensa...
_______
beijos Luís
Tenho que reler esse extraordinário Delfim...
ResponderEliminarAgora já há quem diga que afinal há liberdade de expressão, só que a imprensa está condicionada...
Estamos ou não num Estado de Direito?
O que se diz para, quando se está longe de se ser um Político, se dar nas vistas...
Em todo o caso há coisas que têm que ser esclarecidas, quer a oposição as aceite ou não!
Abraço
tanto, tanto, Maré.
ResponderEliminare tão pouca isenção...
esta gente deixa-nos todos confusos, com as suas manipulações e falsidades, Rosa...
ResponderEliminar