Ontem era para escrever algo sobre o holocausto, mas não tive tempo, além de não saber muito bem o que dizer, olhando para o enorme espelho onde aparece reflectido este nosso país, tão "desmemorizado"...
Não tenho medo, apenas algum receio de que a história seja um pouco ingrata e até se "esqueça" de alguns pormenores significantes, que para uma certa intelectualidade conservadora e de direita, são mais desvalorizados do que o que deveriam.
Custa-me ler algumas barbaridades que aparecem por aí, reparar nos "pozinhos" que vão colocando aqui e ali, em volta de Salazar, ao ponto do ditador ser considerado por vários historiadores como o nosso grande estadista do século XX. Tentam apagar todas as nuvens cinzentas que o rodeiam, dando outros nomes ao atraso e miséria a que nos votou, e claro, às incontáveis perseguições políticas que fez, para se perpetuar no poder.
Não sei se terão o desplante de chamar ao "Campo da Morte Lenta", "Colónia Balnear" do Tarrafal, mas neste país quase tudo é possível...
Claro que não é só no nosso país, há alguns historiadores, intelectuais e políticos, anti-semitas que também tentam "apagar" a existência do holocausto. Felizmente para a história universal o Campo de Auschwitz, existe, não o transformaram numa estância turística nem num condomínio privado, como já fizeram com a sede da PIDE e querem fazer com o Forte de Peniche...
quando te comecei a ler, estava a lembrar-me do que referiste na última frase do teu post.
ResponderEliminare olha que não me surprenderia tanto assim...
a memória colectiva é tão ténue.espero ardentemente que nunca aconteça, para que seja SEMPRE muito mais que uma imagem icónica a figurar na história.
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beijos Luís
Que nunca se perca essa "coisa" chamada memória das memórias...
ResponderEliminarBeijinhos, Luís M.
assusta-me esta falta de memória, Maré...
ResponderEliminardepende muito de nós, M. Maria Maio.
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