domingo, março 15, 2020

Uma Cidade Quase Fantasma


Reparo que as ruas de Almada estão quase sem gente.

Na zona onde moro, fico com a sensação de que as pessoas "desapareceram". Há vizinhos que não vejo há dias (mesmo os do meu prédio...). Isso significa que quase toda a gente está a levar esta ameaça a sério.

Tenho saído diariamente porque pertenço ao grupo de pessoas que têm familiares que precisam de atenção e de apoio (apesar da idade têm alguma autonomia e gostam de muito de viver na sua "casinha"...),  e têm mesmo de sair de casa.

A meio do caminho cruzei-me com um carro da polícia e fiquei a pensar que se mantivermos este comportamento, não será necessário chegar a extremos e proibir a circulação das pessoas pelas ruas.

(Fotografia de Luís Eme - Convento dos Capuchos)

6 comentários:

  1. É bom sermos responsáveis e solidários. E que o vírus se vá embora depressa.
    Um abraço, meu Amigo Luís.

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    1. Claro que é, Graça.

      Só com bom senso é que nos conseguimos libertar desta "praga".

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  2. Sammy, o paquete16/03/20, 14:53

    Dizia o Alexandre O’Neill que a solidão procurada é boa, a não procurada é chata.
    Desde muito cedo, o meu avô sempre me foi dizendo para ter sempre em atenção de que a vida não é um mar de rosas.
    Em boa verdade, confrontado com o que nos está a acontecer, uma estranheza enorme ocorre-me a cada instante. Lembro-me dum velho amigo que se confessava dependente da amabilidade dos estranhos.
    E vamos partilhando solidões... dias difíceis...

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    1. Sim, Sammy, estes tempos são no mínimo estranhos.

      Infelizmente quem estava só, fica ainda mais só...

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  3. Será que o civismo e o respeito pelas (outras ) pessoas chegou finalmente às decisões dos portugueses?
    .
    Uma semana feliz

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    1. Parece que sim, Ricardo.

      Os exemplos de Itália e Espanha, fizeram com que a maior parte das pessoas percebesse que o "corona" não é para brincar.

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