José Gomes Ferreira tinha uma rubrica cheia de interesse na "Seara Nova", nos idos anos 1940, que se chamava "O Espectáculo da Rua", onde escrevia o seu "olhar" sobre a Lisboa desse tempo. Achei curioso um seu texto e até fiz um "paralelo" com os dias de hoje, embora em vez de "adormecidas", as pessoas estejam ausentes, involuntariamente...
«[...] Não havia dúvida! Dormia tudo, à minha volta: homens, mulheres, crianças, burros, carroças, eléctricos, carecas, cabeludos, Teatro Nacional, tabuletas, pedras, estátuas e até o céu azul estendido como uma mulher de preguiça. Dormia tudo, sombriamente, pesadamente, a andar - um dois, um dois... - como eu naquela famosa tarde de andróide hipnotizado. Dormia tudo a sono solto. [...]»
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia:- Tudo, tudo, não aprecia dormir. O mar mostrava através das ondas estar acordado, :)
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Votos de uma semana feliz
Este "dormir" é outra coisa, Ricardo.:)
EliminarBoa semana também.
Motivo houve, mas não lembro agora, mas guardei esta frase de uma crónica do Jorge Silva Melo no «Público» de 6 de Novembro de 2005:
ResponderEliminar«Tanta gente na rua, domingo em Lisboa, gente a passear, bonita de tanta gente.»
Estes domingos voltarão, com certeza, Sammy.
EliminarEstas palavras do Poeta Militante, tinham muito que ver com o "dormir na forma" dos portugueses, em relação ao poder de então...
Lembrar José Gomes Ferreira é já um motivo para ter gostado de passar por aqui. Realmente O espectáculo da rua agora é outro mas muito paralelo àquele tempo também triste…
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde, meu Amigo Luís.
Um abraço.
o Zé Gomes Ferreira era um "mágico" com as palavras, Graça.:)
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