Embora possa parecer um lugar comum, é a verdade: tanto o dia do Pai como o da Mãe, não precisam de nenhuma data especial, porque os recordamos, diariamente, quase sempre por pequenos nadas.
E se eles já não estão entre nós, há sempre uma ou outra coisa, que nos leva de viagem, ao seu encontro...
A situação actual do mundo fez com que me lembrasse do meu pai (não hoje, há já vários dias...), ele que sempre foi um amante da liberdade, e me perguntasse, como reagiria a esta quase "reclusão voluntária"... Felizmente teria muito espaço para passar o tempo, no nosso casal, que nunca mais foi o mesmo, sem os seus cuidados de "agricultor" fora de tempo...
E céptico, como sempre foi (aprendi com ele...), iria dizer que este "vírus" não nasceu do nada. Sei que não se iria agarrar a nenhuma "teoria de conspiração", falaria sim, da acção destruidora do homem para com a natureza... E mesmo sem conhecer as palavras do poeta Guerra, diria, que "isto está tudo ligado"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia, Luís.
ResponderEliminarSempre me borrifei para o dia do pai, da mãe, da árvore, da poesia, do que quer que seja. Os meus dias sempre foram isso tudo. E muito mais!
Também eu, em qualquer tempo, me pergunto: o que é que o meu pai diria disto?
Ele que foi o meu melhor ouvinte.
E este é o texto do Eduardo que dá nome ao livro:
«Olá, Ângela! Senti-me de repente em 62 enquanto tu falavas e, talvez, inquieta, acendias um ou outro cigarro. Olá, minha amiga! Olhando o Camões e as pessoas que nos olhavam ia, sorrateiramente, rebuscando todo o meu passado que depois refiz em três penadas. Mas olhava para ti e estava certo. Qualquer coisa no teu olhar me fazia bem. É isso, Ângela, isto anda tudo ligado, já lá dizia o velho e dizia bem.»
Grato pelo texto, explicativo, de um dos nossos bons poetas, Eduardo Guerra Carneiro, Sammy.
EliminarDisse o Manuel da Fonseca (que tive o prazer de conhecer), e disse bem!
ResponderEliminarSou desse tempo...
Saudações poéticas!
Muito bem, Vieira Calado.
EliminarMas certamente repararam que pouco se falou do dia do Pai, não havia negociata, logo que interessa o dia do Pai.
ResponderEliminarIsto anda mesmo tudo ligado...
Pois é, Severino, o "negócio é a grande alavanca destes dias, que dão jeito a muito boa gente serem especiais...
EliminarE anda mesmo. :)
Os tempos andam sempre em movimento. O que hoje se acha impossivel, amanhã acontece. Um dia os nossos filhos e netos se calhar vão achar estranho o que hoje se está a passar com a quarentena. Esperemos que coisa pior não chegue no tempo deles...
ResponderEliminarCumprimentos
Sim, a bola está sempre a rodar, Ricardo...
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