Falei há poucos minutos com um amigo ao telefone, e entre outras preocupações, ele demonstrou ter algum receio, que tudo isto nos tornasse ainda mais egoístas.
O seu argumento baseava-se na forma isolada como estamos a ser obrigados a viver, confinados praticamente às divisões das nossas casas, e com o mínimo de contacto humano possível.
Pode ser que não. Pode ser que no final disto tudo, tenhamos aprendido alguma lição...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Na minha opinião, a enorme maioria das pessoas, só aprende as lições que lhe são favorárias. As outras, por exemplo a solidariedade, sõ acontece - como no Natal - durante um exíguo espaço de tempo. Depois... já ninguém se conhece, acabam-se os sorrisos, terminam as ajudas simpáticas à velhota que vem carregada com o saco das (poucas) compras que pode fazer
ResponderEliminarSão os contrastes do tempos
Um dia/noite muito feliz
Infelizmente é mesmo assim, Ricardo...
EliminarGostava de ter o teu optimismo. De qualquer modo ainda li há pouco uma entrevista ao Dr Coimbra de Matos em que ele diz o seguinte (e parece-me evidente):Há duas tendências no espírito humano: "uma tendência para conseguir respeitar o outro, ver do que o outro precisa, e uma tendência para dominar. E é esta tendência para dar ordens que bloqueia o resto."
ResponderEliminarAbraço
Concordo com as palavras do dr. Coimbra de Matos, Maria.
EliminarE sei que normalmente temos memória curta...
Somos, muitíssimo, pouco dados a aprender lições, caro Luís.
ResponderEliminarTopo que um doutor-ratazana-ex-bastonário-de-advogados-actual-comentador-sic, disse que o professor Marcelo deve promover uma aliança entre o PS e o PSD para enfrentar a crise pandémica, porque a esquerda vai fazer exigências irrealizáveis.
Nos últimos anos comprei livros que, por isto ou por aquilo, comecei e fiquei à espera de outros dias para os acabar, outros nem os abri, tenho andado, agora, à procura deles. Um deles: «O Cemitério de Praga» de Umberto Eco.
Livro difícil, mas vou terminá-lo para ir em buscas de outros.
Citação:
«Alguém disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas: quem não tem princípios morais envolve-se habitualmente numa bandeira, e os bastardos remetem-se sempre para a pureza da sua raça. A identidade nacional é o último recurso dos deserdados. Ora, o sentido da identidade funda-se no ódio, no ódio por quem não é idêntico. É necessário cultivar o ódio como paixão civil. O inimigo é o amigo dos povos. Faz falta sempre alguém a quem odiar para nos sentirmos justificados na própria miséria. O ódio é a verdadeira paixão primordial. É o amor que é uma situação anómala. Por isso, Cristo foi morto: falava contra natura. Não se ama alguém para toda a vida; dessa esperança impossível nascem o adultério, o matricídio, a traição do amigo... Por contrário, pode-se odiar alguém durante toda a vida. Desde que esteja sempre lá, para reacender o nosso ódio. O ódio aquece o coração.»
Pois somos, Sammy.
EliminarPor muito que queiramos ser optimistas, não é fácil...
Eu tenho a esperança que se transforme num lugar melhor para se viver, pessoas mais amáveis, mais gentis e menos arrogantes!
ResponderEliminarMenos egoísmo e egocentrismo!
Será que as pessoas vão mudar e ter mais consciência?
Era tão bom que fosse assim, Micaela...
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