Espreito a rua deserta, da varanda.
Descubro algumas luzes acesas no interior das casas dos prédios de frente, mas nem um vulto a cirandar pelas divisões. Provavelmente, estão todos sentados no sofá...
Olho para cima e descubro o céu pintado a várias tonalidades de cinzento, quase a prometer mais água para amanhã.
Quando "regresso" à minha rua, penso no seu sossego diário, especialmente depois de anoitecer. Sei que é este silêncio que faz com que o sábado adormeça mais rápido por aqui, que noutros lugares.
É por isso que me apetece chamar-lhe, "maldita rua". Não tem uma única loja do que quer que seja, muito menos um café ou bar, que deixasse entrar e sair dois ou três bêbados, capazes de partir um copo, dar um grito ou uma gargalhada na rua e conseguir o feito, de prolongar o sábado para dentro do domingo...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Gostei deste desabafo literário!
ResponderEliminarAgora imagina a minha com três conventos! :)
Abraço
Foi apenas uma "graça", Rosa. :)
EliminarGosto desta calma quase de aldeia.
Fiquei assustada!!!
ResponderEliminarEntão, tanta gente a procurar uma casa em sitio calmo, sossegado e tranquilo!!!?
Realmente tem muita graça!
Mesmo quando gostamos da calma, às vezes temos saudades do "reboliço", Micaela. :)
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