Durante o fim de semana, os padres que deram a missa, de Norte a Sul, passaram a sua mensagem, a favor da vida, contra a eutanásia...
Continuam a espalhar a palavra de Deus e a dizer, que só com "muita dor e sofrimento" se chega ao "Céu"...
Também continuam a dizer que os pobres e humildes (sim, os que aceitam a sua condição e não "exigem" melhores condições de trabalho nem de vida...), têm um caminho muito mais curto para chegarem ao "Paraíso"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Na Missa dominical que passa na TVI, ouvi, um bocado por alto, um sacerdote ainda bastante jovem, porém, com um tom de voz enfático e cantado que não se coadunava com a sua juventude, entre muitas coisas que cheiravam a bolor e a cassete decorada, houve uma que me fez olhar na direcção do aparelho, por a achar bastante justa e acertada.
ResponderEliminarNuma crítica algo velada, ao aparelho de Estado, frisou que o mais urgente e necessário, seria a aposta de verbas nos cuidados e assistência aos doentes graves e no seu direito a terminar a vida com a dignidade que todo o ser humano merece. Disso, gostei.
Pois é, Janita. Fica bonito dizer isso, porque o Estado não tem rosto.
EliminarMas quando as casas das misericórdias e os lares ligados à igreja, são dos mais selectivos e caros (e dinheiro também não lhes falta...), está tudo dito.
Falar é sempre mais fácil que fazer.
Que tristeza e que pobreza espiritual!
ResponderEliminarÉ muito estudo, muita teoria e teologia e pouca meditação! É isto que falta à maioria dos padres, meditação!
Se meditassem mais e sentissem Deus a falar-lhes ao coração não diziam disparates acerca do sofrimento ser o caminho para o céu. Assim diz a doutrina espírita também, que é através do sofrimento que limpamos o Karma de vida passadas!
Jesus nunca ensinou nada acerca do sofrimento, pelo contrário, ele tentou ensinar que a felicidade está ao alcance de todos!
Jesus nunca foi um exemplo para os padres, Micaela, só algumas das suas palavras...
EliminarMas eles não vivem na pobreza!
ResponderEliminarParece que ontem foi o arranque para a campanha do referendo como se alguém fosse obrigado a escolher a morte em vez do sofrimento!
Abraço
Nem mais, Rosa.
EliminarE é isso que mais me incomoda. Continuam a viver ao lado do poder e a não dispensar mordomias...
Um tema tão sensível. Não dá para influenciar ninguém com opiniões. É um problema pessoal, não religioso…
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.
Claro que sim, Graça.
EliminarÉ quase uma questão filosófica, pois tem muito que ver com a nossa "filosofia de vida".
Na missa a que assisti na minha paróquia o padre, que por sinal é bem idoso, disse:
ResponderEliminar"Na próxima terça-feira a missa das 18,30 será presidida pelo Sr. Bispo. Será abordado o tema da Eutanásia, e a seguir haverá um jantar convívio em que cada um exporá a sua opinião, lembrando sempre que nos mandamentos Deus disse, Não matarás"
Avisados que fomes só vai quem quer, ou quem tem algo a dizer sobre o assunto.
Abraço e uma boa semana
Muitas vezes nem sequer se coloca a questão "não matarás", Elvira.
EliminarAo desligarmos uma máquina, estamos a aliviar o sofrimento e a dependência de algo que já não é humano.
O ser humano devia ter o direito de morrer com dignidade.
ResponderEliminarQual é o pai, seja ele "Deus (pai)" ou um pai terreno, que quer e aplaude o sofrimento dos filhos? Se Deus é pai não pode ser um pai tirano. O erro da igreja já começa aqui, a meu ver, para não falar do resto da hipocrisia.
Um abraço.
Claro, Rira.
EliminarEsta não é a igreja de Jesus, que pelo que a história nos conta, era um homem justo e solidário com os pobres. É mais as igreja de quem ditou a sua morte, crucificado.
(Rita... pois é, o r está ao lado do t e...)
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