Estava numa fila do supermercado, quando assisti a um episódio, quase surrealista. Tudo começou quando um senhor pediu a uma senhora (preta por sinal...), para afastar as suas compras das dele, para não confundir a menina da caixa. Mal ele imaginava que iria provocar uma confusão, quase diabólica, ao ponto da mulher não mais se calar, apelidando o homem de "maluco" para cima. Este ainda a tentou trazer à razão, dizendo-lhe que não lhe tinha faltado ao respeito, e por isso mesmo, ela deveria respeitá-lo e tratá-lo com decência.
Só piorou a situação... além de aumentar o tom de voz, começou a tratar o senhor (mais velho que ela) por tu. Este, envergonhado com toda a situação, virou-lhe costas e não lhe dirigiu mais a palavra.
Um jovem branco que estava atrás de mim teve o desabafo: «e nós é que somos racistas...»
Podem imaginar a pandemónio seguinte...
Sai dali a pensar no Trump, no Bolsonaro, mas também na Joacine... Não sei onde iremos parar, se a tese de que "quem fala mais alto é que tem razão", começar a vingar, um pouco por todo o lado...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Quando a voz se altera, os problemas surgem...
ResponderEliminarMas começam a notar-se sinais de quase "demência", Catarina...
EliminarAnda meio mundo a por o outro meio, maluco.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
É mesmo, há gente por aí gente maluca convencida de que se gritar mais alto, intimida os outros, e estes calam-se, Elvira... (infelizmente é isso que normalmente acontece)
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