O que aconteceu em Leça de Palmeira, a um monumento do Cabrita (o artista deixou cair o Reis em 2020...), encomendado pelo Município de Matosinhos, fez-me pensar nos vários monumentos de ferro ferrugento que estão espalhados por Almada, da autoria do escultor José Aurélio (devia ter um contrato de exclusividade com a Câmara na vigência de Maria Emília de Sousa...).
Apesar do exagero do mesmo estilo escultórico (devem existir quase um dezena de obras feitas com o mesmo material e pelo mesmo escultor...), nunca existiram manifestações públicas contra as respectivas obras, ou actos de vandalismo como o que sucedeu em Leça...
Acho que isso acontece porque Almada gosta de se afirmar através da Cultura e finge ter um olhar mais abrangente do mundo das artes, que o dos habitantes do concelho de Matosinhos.
Neste caso em particular, gostei da "ignorância atrevida", de quem se resolveu manifestar, não tanto contra a obra (umas vigas metálicas soldadas e pintadas de branco...), mas sim contra o valor pago ao artista.
Provavelmente pensaram que esse dinheiro podia ser investido em algo que fosse mais benéfico para a população local...
(Fotografia retirada do Site do Município de Matosinhos e de Luís Eme)
Gosto da escultura em causa (a da polémica) , quanto ao valor pago, já não sei se o merece ou não. E gosto da escultura da segunda foto ( o que representa, sabe?).
ResponderEliminarAqui em Castelo Branco também temos algumas rotundas (assim de repente lembro-me de três ) com trabalhos em ferro, com aspecto velho e ferrugento, de que gosto. Duas delas sei o que representam e fazem sentido aqui na cidade e na região. Da terceira não sei o significado...
A arte é subjectiva. Mas goste-se ou não, não concordo com nenhum tipo de vandalismo. Até porque obriga a gastar mais dinheiro para limpar, o que acaba por ser estúpido.
Enfim...
Bom domingo:))
Eu não acho grande piada, olhando-a da fotografia. Mas pode ser que ao vivo, até pela envolvência, seja agradável de ver, Isabel.
EliminarEu quando falei da arte de ferro ferrugento, falo do exagero e da "exclusividade", não faz grande sentido que só se encomendem obras a um autor, pelo menos para mim...
E claro que a arte é e será sempre subjectiva e também sou contra todo o tipo de vandalismo, mesmo que algum possa ser compreensível, pelo seu contexto, como foi o caso. Foi pintado o "preço" da obra...
É bem verdade que uma obra de arte não tem preço. E a cultura é tão importante como a comida diz quem não tem fome. Porque tem não tem que o que comer nem onde dormir, está-se nas tintas para a cultura.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo
Há ainda outro problema, Elvira. Vivemos no tempo em que "tudo pode ser arte"...
EliminarMonumento do Cabrita? Mas que monumento? Mas que artista? É como a banana do outro e o Urinol do Marcel Duchamp...tudo para "endrominar" Tótós pretensos intelectuais.
EliminarConcordo contigo, Severino.
EliminarContinuo a pensar que arte é outra coisa...