Sei que o jogo das emoções faz parte dos muitos teatros de vida que nos cercam, mas também sei que a televisão não precisava de "abusar", explorando cada vez mais as nossas fragilidades.
As notícias são o que são, e já não descuram a componente do espectáculo... Mas pior são os programas diários, de entretenimento, onde até se "oferecem uns trocados", a quem não tiver qualquer pudor em exibir publicamente as suas fragilidades humanas. E se conseguirem chorar sem cebola, ainda é melhor, para as audiências...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Não costumo ver esse tipo de programas mas acabo por ter ecos dos mesmos através do facebook.
ResponderEliminarNem sei como há gente capaz de se expor assim, como não há uma réstia de pudor, por outro lado também não compreendo que profissionais da TV se agarrem às pessoas como lapas até elas deitarem para fora tudo, como se vomitassem!
Abraço
Podia dizer-te que a culpa era do "capitalismo", Rosa. :)
EliminarMas é de tanta coisa... continuamos a ser uns "pobres de espírito", como dizia a minha avó...
Qual é a diferença entre o Facebook e esse tipo de programas?
EliminarAinda existe alguma, Severino. Na televisão dão a cara (mesmo que sejam pagos para isso), nas redes sociais continua a vingar o anonimato e a cobardia.
EliminarEle acompanha, a todo o segundo, um outro a quem apetece chatear, porque esse outro só anda a pensar disparates.
ResponderEliminarUm dia, o Mário de Carvalho disse-lhe – ou ele leu? – que era bom que escapássemos ao envelhecimento. Mas não, não se escapa nada a esse passo da vida. Ele chegou a um ponto em que se sente a mais, já anda há muito a ver coisas que não esperava ver e que lhe causam uma tristeza sem fim.
Refugia-se nos livros, na música, mas há sempre um qualquer instante em que o disparate lhe invade os dias.
Viver assim cansa, dizia o Zé Gomes Ferreira.
E tão bom existirem livros e música, que podemos levar para todo o lado, até para uma ilha quase deserta (já não há ilhas desertas...), Sammy. :)
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