Fiquei a ver-te partir, preso às tuas últimas palavras.
A espaços, senti que tentaste ensaiar uma despedida, que queria ter qualquer coisa de definitivo. Foi quase como se amanhã, resolvesses partir de viagem para um país longínquo.
Sei que às vezes fartamos-se uns dos outros.
Uma vez tinhas-me dito que a bondade excessiva cansa, foi por isso que nunca quis ser muito bonzinho contigo.
Uma vez tinhas-me dito que a bondade excessiva cansa, foi por isso que nunca quis ser muito bonzinho contigo.
Embora seja distraído, senti que te começaste a cansar dos "empurrões" que nos davam. E sobretudo das bocas maldosas que falavam de nós como o "casal maravilha", fingindo ignorar que éramos casados e pais de filhos.
Amanhã vou telefonar-te, apenas porque sim.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Lindo!
ResponderEliminarAcontece e contado assim até se aguenta!
ResponderEliminarAbraço
Somos uns "bichos estranhos", Rosa. :)
EliminarNa verdade, com o tempo, fartamo-nos das "bocas" maldosas, mas há que ter em conta a sabedoria popular:-- "Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele" ou aquele outro:--
ResponderEliminar"Não há fumo sem fogo". :)
Quanto ao texto, adaptado à foto, assim de uma forma inocente, está um primor. Aliás, como todos os que aqui leio! :)
A forma inocente é a melhor de "ler", Janita. :)
Eliminaramanhã...
ResponderEliminare porque não já hoje!
gosto!
:)
Claro, Piedade. :)
EliminarUm texto delicado e lindo sobre a despedida!
ResponderEliminarTantas despedidas já tive na minha vida, acho que não tenho coragem de escrever sobre elas!
Abraço
Porquê, Micaela?
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