Neste ano de centenários literários, de esquecidos e recordados, de quem fica e de quem parte, a Sophia ficou com os melhores bocados do "bolo".
Isso não aconteceu por acaso. Ela é não é apenas diferente dos outros (neste caso particular de Fernando Namora e de Jorge de Sena), é melhor.
Sei que estas palavras poderão ser polémicas, mas não é esse o seu objectivo. Trata-se apenas de uma pequena análise pessoal (embora goste muito mais da Sophia que de Namora ou Sena), sobre o que se continua a ler e porque se continua a ler...
A única coisa que sei, é que a "imortalidade" dos escritores é decidida sobretudo pelos leitores, por muito que os editores se esforcem. E claro pela qualidade dos escritores. A "vulgaridade" da escrita terá muito poucas possibilidade de resistir ao tempo...
A Sophia só quis ser poeta, das melhores, mesmo quando escreveu histórias infantis. O Sena quis ser tudo e mais alguma coisa, complicando a vida a quem passa a vida a fazer "rascunhos". O Namora nunca saiu do "Domingo à Tarde", poderá ter-se esforçado muito, mas nunca conseguiu ser um grande escritor.
Claro que tudo isto é muito simplista. Mas a única coisa que eu queria deixar bem clara, é que são sempre os leitores que decidem o destino dos escritores e dos livros...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Bom dia
ResponderEliminarGosto de ler todo e qualquer poema. A questão de gostar ou não gostar é decidida de facto pelos leitores. Uns gostam mais de poesia livres, outros de sonetas, outros ainda de poesia rimada e até não rimada. Enfim. A poesia existe para todos os gostos
Domingo feliz
A poesia e toda a literatura, de uma forma geral, Ricardo.
EliminarÉ só escolher. :)
Também gosto muito mais da Sophia do que do Sena ou do Namora. Para falar verdade, só passei a gostar do Sena há dois anos quando o estudámos na aula de literatura e o lemos na aula da Arte de Dizer, e terminámos com um espetáculo de poesia na Biblioteca Municipal.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo
A Sophia aproximou-me da poesia (mais do que Pessoa ou outro poeta...).
EliminarGostei do Jorge de Sena dos "Sinais de Fogo" e pouco mais... O Fernando Namora nunca me seduziu muito (só li dois livros...).
Nunca li nada da Sofhia (com ph) mas já li do Sena e do Namora!
ResponderEliminarMas ela também tem contos (exemplares), Severino.:)
EliminarSe tiver tempo quero ver se não leio.
Eliminar(Não me leves a mal esta parvoíce palavrosa, Luís, não tem nada de mal).
Eu sei, Severino. :)
EliminarA Sophia distinguiu-se, claro. Mas o Jorge de Sena e o Fernando Namora também escreveram livros muito belos…
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo Luís.
Um abraço.
Acredito que sim, Graça. Mas continuo a preferir a Sophia. :)
EliminarComo leitora também estou do lado de Sophia!
ResponderEliminarAbraço
Eu sei, Rosa. :)
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ResponderEliminarAcontece-lhe vezes sem conta: quer entrar na discussão e não sabe como. Falta-lhe o rumo, o sentido, as palavras e aí ele sabe, de experiência velha, que quando as coisas estão nesse patamar, acaba por se espalhar, e põe-se a escrever como um qualquer jogador de futebol fala. Foi quando, entalado que estava, se lembrou de uma frase do Umberto Eco, há dias, citada no «Público»: «A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional»
Sim, Luís, o leitor é que escolhe. E que fique feliz, feliz mesmo – é possível? -, com a escolha.
O ideal é ficarmos felizes, Sammy.:)
Eliminar(estou a meio de "O Susto" da Agustina e estou a a gostar muito da sua escrita (mais que da história sobre Pascoaes)