domingo, novembro 24, 2019

Os Leitores é que Decidem...


Neste ano de centenários literários, de esquecidos e recordados, de quem fica e de quem parte, a Sophia ficou com os melhores bocados do "bolo". 

Isso não aconteceu por acaso. Ela é não é apenas diferente dos outros (neste caso particular de Fernando Namora e de Jorge de Sena), é melhor.

Sei que estas palavras poderão ser polémicas, mas não é esse o seu objectivo. Trata-se apenas de uma pequena análise pessoal (embora goste muito mais da Sophia que de Namora ou Sena), sobre o que se continua a ler e porque se continua a ler... 

A única coisa que sei, é que a "imortalidade" dos escritores é decidida sobretudo pelos leitores, por muito que os editores se esforcem. E claro pela qualidade dos escritores. A "vulgaridade" da escrita terá muito poucas possibilidade de resistir ao tempo...

A Sophia só quis ser poeta, das melhores, mesmo quando escreveu histórias infantis. O Sena quis ser tudo e mais alguma coisa, complicando a vida a quem passa a vida a fazer "rascunhos". O Namora nunca saiu do "Domingo à Tarde", poderá ter-se esforçado muito, mas nunca conseguiu ser um grande escritor.

Claro que tudo isto é muito simplista. Mas a única coisa que eu queria deixar bem clara, é que são sempre os leitores que decidem o destino dos escritores e dos livros...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

14 comentários:

  1. Bom dia

    Gosto de ler todo e qualquer poema. A questão de gostar ou não gostar é decidida de facto pelos leitores. Uns gostam mais de poesia livres, outros de sonetas, outros ainda de poesia rimada e até não rimada. Enfim. A poesia existe para todos os gostos

    Domingo feliz

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    1. A poesia e toda a literatura, de uma forma geral, Ricardo.

      É só escolher. :)

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  2. Também gosto muito mais da Sophia do que do Sena ou do Namora. Para falar verdade, só passei a gostar do Sena há dois anos quando o estudámos na aula de literatura e o lemos na aula da Arte de Dizer, e terminámos com um espetáculo de poesia na Biblioteca Municipal.
    Abraço e bom domingo

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    1. A Sophia aproximou-me da poesia (mais do que Pessoa ou outro poeta...).

      Gostei do Jorge de Sena dos "Sinais de Fogo" e pouco mais... O Fernando Namora nunca me seduziu muito (só li dois livros...).

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  3. Nunca li nada da Sofhia (com ph) mas já li do Sena e do Namora!

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    1. Mas ela também tem contos (exemplares), Severino.:)

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    2. Se tiver tempo quero ver se não leio.
      (Não me leves a mal esta parvoíce palavrosa, Luís, não tem nada de mal).

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  4. A Sophia distinguiu-se, claro. Mas o Jorge de Sena e o Fernando Namora também escreveram livros muito belos…
    Uma boa semana, meu Amigo Luís.
    Um abraço.

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    1. Acredito que sim, Graça. Mas continuo a preferir a Sophia. :)

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  5. Como leitora também estou do lado de Sophia!

    Abraço

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  6. Sammy, o paquete25/11/19, 22:54


    Acontece-lhe vezes sem conta: quer entrar na discussão e não sabe como. Falta-lhe o rumo, o sentido, as palavras e aí ele sabe, de experiência velha, que quando as coisas estão nesse patamar, acaba por se espalhar, e põe-se a escrever como um qualquer jogador de futebol fala. Foi quando, entalado que estava, se lembrou de uma frase do Umberto Eco, há dias, citada no «Público»: «A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional»
    Sim, Luís, o leitor é que escolhe. E que fique feliz, feliz mesmo – é possível? -, com a escolha.

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    1. O ideal é ficarmos felizes, Sammy.:)

      (estou a meio de "O Susto" da Agustina e estou a a gostar muito da sua escrita (mais que da história sobre Pascoaes)

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