Estávamos sentados à mesa e estranhamos o silêncio das duas únicas crianças que estavam em casa. Algo impossível noutros tempos, em que se tinha uma atenção especial à escada, que era descida e subida em correrias levadas da breca... Estavam presos aos sofás da sala pelos telemóveis, onde deviam correr, mas apenas com os olhos e os dedos...
Na mesa, o uso abusivo do telemóvel foi transportado para o desconhecimento de palavras, que fujam do "vocabulário básico" usado nas mensagens, nos jogos e nas redes sociais, que substituem cada vez mais, uma boa conversa... Com exemplos e tudo, dados pelos dois professores presentes.
O Chico falou dos livros que hoje não se lêem (ou se lêem cada vez menos...), onde descobríamos uma porção de palavras novas. E eu acrescentei a quase ausência de conversas, substituídas pela "conversa com os dedos", que enviam mensagens para cá e para lá, a um ritmo quase diabólico, mas utilizando quase sempre as mesmas palavras, e até abreviações...
São os tempos modernos, da economia das palavras, da gente com cada vez menos palavras no bolso...
São os tempos modernos, da economia das palavras, da gente com cada vez menos palavras no bolso...
(Fotografia de Luís Eme - Costa de Caparica)
Até nos dedos se economiza!
ResponderEliminarAbraço
Talvez no futuro se comunica através da mímica, Rosa. :)
EliminarÉ efectivamente a realidade nua e crua do nosso tempo...uma lástima (digo eu).
ResponderEliminarMas é a realidade, Severino... No futuro quem gostar de ler livros deve passar por "maluquinho"...
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