Eu tinha pensado jantar no Ginjal, mas ela preferiu a Trafaria.
Achei estranho mas não comsegui dizer que não.
Encontrámo-nos na Estação Fluvial de Belém e apanhámos o Cacilheiro, cada vez mais fugaz nas travessias do Tejo, sempre deliciosas, mesmo quando ele se começa a transformar num riozinho, lá para as bandas de Alhandra, onde ainda existem alguns esteiros do Soeiro.
Já na Trafaria, pisámos aquela areia escura e oleosa da antiga praia, fotografámos as barcas adormecidas ancoradas e também as "deitadas de barriga para baixo", no areal, num sono mais profundo.
Ela estranhou encontrar aquelas torres circulares (cilos) na linha que nos podia mostrar o rio a abraçar o mar e a Torre do Búgio, o farol que é um dos primeiros cartões de visita de Lisboa, para quem chega do Oceano.
Ofereci-lhe um lugar comum dos verdadeiros: «somos melhores a destruir o que a natureza nos oferece, que a aproveitar as suas maravilhas...»
Ainda nos perdemos pelas ruas da Vila, para olharmos as antigas vivendas apalaçadas, com alguma beleza, apesar dos sinais de abandono e decadência, quase sem palavras.
Ficámos uns minutos sentados a olhar o rio, naquela que ainda é uma das melhores "varandas" viradas para a Capital.
E depois fomos jantar.
querido luís, com um beijinho, informo que hoje te envio correio. beijinho amigo*
ResponderEliminarfico à espera, Alice. :)
ResponderEliminarInfelizmente é uma verdade, é mais o que estragamos da natureza do que aproveitamos.
ResponderEliminaresquecemo-nos que a natureza trata de se "vingar", Rita, mais tarde ou maias cedo.
ResponderEliminarfui lá um dia destes almoçar, e fiquei convencida.
ResponderEliminar:)
é um sitio admirável, completamente desprezado, Piedade.
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