terça-feira, novembro 19, 2013

«Eu conheço-te.»


Não é de todo normal, uma mulher aproximar-se de nós, apontar o dedo (sim daqueles com gatilho...) e dizer: «eu conheço-te». Tudo isto sem perder o passo apressado e deixar de se misturar com a multidão que aparece e desaparece em segundos nas estações de metro. 

Talvez estivesse mesmo com pressa, talvez tivesse alguém à espera.

Durante vários minutos tentei descodificar aquele olhar, perceber se de facto a conhecia e de onde.

Não consegui chegar a qualquer conclusão. Já sabia que minha memória começava a perder qualidades, embora aquele rosto fosse giro e fugisse à vulgaridade...

O óleo é de Malcolm T. Liepke.

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